58% dos gatos e 54% dos cães dos Estados Unidos da América têm excesso de peso, de acordo com o mais recente estudo anual da Association for Pet Obesity Prevention (APOP). O estudo incluiu uma amostra de 1224 cães e gatos tratados em 136 clínicas veterinárias e indica que, face a 2014, existem agora mais cães obesos no país.
Segundo a médica veterinária Ernie Ward, em declarações ao website dvm360, um dos maiores problemas continua a ser a falta de uma definição consistente para aquilo que deve ser considerado excesso de peso em animais de companhia, sobretudo por parte da indústria. De acordo com a APOP, a definição clínica de obesidade em animais de companhia é feita quando o animal possui um peso 30% superior ao peso considerado ideal.
“A nossa profissão ainda não acordou acerca daquilo que distingue ‘obesidade’ de ‘excesso de peso’. Estas palavras têm um significado clínico significativo e afetam as recomendações de tratamento”, indica no estudo Steve Budsberg, membro da APOP.
Uma das metas traçadas pela APOP é precisamente a estandardização das terminologias ‘obesidade’ e ‘excesso de peso’, em conjunto com os profissionais do setor na Europa. É que de acordo com a associação norte-americana, criar definições globais “permitirá aos médicos-veterinários serem mais consistentes na interpretação de investigação médico-veterinária, na análise das condições físicas dos pacientes e a comunicarem de forma mais clara com outros colegas e com os clientes.”