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Investigação

Estudo traça retrato da presença de dirofilariose na Península Ibérica

felinos

O comportamento humano no maneio dos animais tem uma “forte influência” na distribuição geográfica da dirofilariose e na sua prevalência. Além disso, a doença tem uma distribuição descontínua, com áreas fortemente endémicas nas ilhas, costas e áreas interiores com regadio na Península Ibérica. As conclusões são de um conjunto de investigadores de várias instituições espanholas, que traçam um retrato da presença de dirofilariose animal e humana na região da Península Ibérica, num estudo recentemente publicado.

A dirofilariose, patologia causada pelo parasita Dirofilaria, que tem várias estirpes, como a Dirofilaria immitis (que afeta cães e felinos) e a Dirofilaria repens (que afeta mamíferos não humanos). De acordo com o estudo, trata-se de uma parasitose de transmissão vetorial que afeta sobretudo cães e felinos domésticos e silvestres, podendo também afetar humanos expostos a zonas endémicas.

O estudo agora publicado mostra que “existe risco potencial de transmissão de D. immitis em toda a Península Ibérica e nas ilhas, mas o nível varia consideravelmente entre zonas geográficas. Por outro lado, o conhecimento acerca da existência de dirofilariose cardiopulmonar canina em Espanha e Portugal é relativamente recente em comparação com outras regiões.”

Os investigadores indicam também que o gato é o hospedeiro mais resistente à doença, mas por outro lado é o mais suscetível à D. immitis. Segundo os responsáveis pelo estudo, as características clínicas da doença nos felinos fazem com que seja muito difícil diagnosticar a doença nesta espécie animal.

As conclusões revelam ainda que tanto Portugal como Espanha são países com condições favoráveis à transmissão da dirofilariose. Os dados empíricos obtidos pelos cientistas mostram que a doença tem uma distribuição descontínua: as regiões das ilhas, costas e áreas com regadio da Península Ibérica são as mais endémicas. A isso soma-se a influência do comportamento humano no maneio dos animais com a doença, que pode afetar a distribuição geográfica da patologia.

De resto, o estudo levanta ainda um pouco do véu acerca da doença em humanos e indica que “apesar da sua escassez, os dados sobre a dirofilariose humana documentam firmemente o risco zoonótico existente em Espanha e em Portugal. Uma procura de casos mais intensa provavelmente revelaria taxas de infeção e de casos clínicos mais elevadas do que as existentes atualmente.”

Leia o estudo em detalhe.

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