Ao todo, deverão ser libertados, na zona de Mértola, oito linces ibéricos, nascidos na rede de centros de reprodução em cativeiro de Espanha e Portugal.
Entre 2005 e 2013, nasceram 236 linces na Península Ibérica. Este ano, nasceu um total de 36. Dos que sobreviveram, vários já foram libertados na natureza, todos em Espanha. Alguns, inadaptados para a vida selvagem, foram para zoológicos.
Em Portugal, a reintrodução estava dependente de condições ideais do habitat, sobretudo no que à alimentação diz respeito. A recuperação das populações de coelho bravo agora anunciada pode ser o que faltava para os animais serem libertados no nosso país, no entanto, “precisamos de ter a certeza de que existem no terreno” coelhos bravos, afirma Miguel de Castro Neto.
A decisão está agora dependente do que acontecer nos próximos meses: se os coelhos não resistirem a um novo surto de hemorrágica viral, dificilmente haverá condições para a reintrodução.