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Lince ibérico poderá ser reintroduzido em Portugal depois do verão

Protocolo de cedência de linces assinado em Julho

A libertação em Portugal de linces ibéricos nascidos em cativeiro poderá ocorrer já no final deste verão. De acordo com o secretário de Estado do Ordenamento e da Conservação da Natureza, Miguel de Castro Neto, a decisão depende da recuperação das populações de coelhos-bravos, principal alimento deste felino que tem sido ameaçado por um surto de hemorrágica viral.

Ao todo, deverão ser libertados, na zona de Mértola, oito linces ibéricos, nascidos na rede de centros de reprodução em cativeiro de Espanha e Portugal.

Entre 2005 e 2013, nasceram 236 linces na Península Ibérica. Este ano, nasceu um total de 36. Dos que sobreviveram, vários já foram libertados na natureza, todos em Espanha. Alguns, inadaptados para a vida selvagem, foram para zoológicos.

 

Em Portugal, a reintrodução estava dependente de condições ideais do habitat, sobretudo no que à alimentação diz respeito. A recuperação das populações de coelho bravo agora anunciada pode ser o que faltava para os animais serem libertados no nosso país, no entanto, “precisamos de ter a certeza de que existem no terreno” coelhos bravos, afirma Miguel de Castro Neto.

A decisão está agora dependente do que acontecer nos próximos meses: se os coelhos não resistirem a um novo surto de hemorrágica viral, dificilmente haverá condições para a reintrodução.

 
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