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Lilly chega a acordo com a Monsanto para compra de hormona que estimula a produção de leite

Lilly chega a acordo com a Monsanto para compra de hormona que estimula a produção de leite

A Eli Lilly acordou o pagamento de pelo menos 300 milhões de dólares pelo Posilac da Monsanto, uma hormona sintética usada para estimular a produção de leite em vacas.

O acordo, anunciado ontem por ambas as empresas, irá expandir as operações no mercado veterinário da Lilly e permitir à Monsanto, especialista em herbicidas e sementes, focar-se nas suas plantas geneticamente modificadas.
O Posilac está presente no mercado desde 1994 e a Lilly irá agora ficar com a força de vendas do produto nos Estados Unidos e a fábrica em Augusta, na Georgia. Também herda a oposição à utilização de hormonas, feita pelos representantes dos consumidores que questionam a sua segurança, e dos processadores de lacticínios, como a Dean Foods Co., que etiquetaram o seu leite como livre de hormonas.
«Assume-se que a controvérsia faz parte do preço, pelo que deverá haver qualquer outra razão para que a Lilly queira esta propriedade», disse Charles Anthony Butler, analista da Lehman Brothers de Nova Iorque, numa entrevista por telefone à “Bloomberg”. «Provavelmente, irá ajudá-la a vender outros produtos a esses agricultores». A Saúde Animal, um componente de todas as companhias farmacêuticas, «é um negócio que elas querem fazer crescer», acrescentou.
A Monsanto, o maior produtor mundial de sementes, disse no início deste mês que pretendia vender o seu negócio de hormonas animais, mas nunca revelou os valores de venda ou lucros do Posilac. Espera-se que o negócio fique completo este ano e que não altere os resultados expectáveis para o ano 2008, disse a Lilly.
O Posilac, um recombinante da somatotropina bovina, é usado em cerca de um terço das explorações de gado norte-americanas, de acordo com a Monsanto, elevando a produção média diária de leite em cerca de 15%.
Embora não seja comercializado no Canadá e em parte da União Europeia, a FAO disse, em 1998, que a hormona é segura. Opinião contrária tem, por exemplo, o Center for Food Safety, um grupo de defesa dos consumidores que alega que a droga, entre outros efeitos, provoca o aumento dos riscos de infecções e infertilidade nas vacas e pode representar alguns riscos para os humanos. O grupo já afirmou que pretende pressionar a FDA para retirar o produto do mercado «através de todos os meios legais disponíveis».

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