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Investigação europeia aponta falhas em zoos portugueses

Zoo de Lagos recebe reuniões AIZA 2010

Alguns jardins zoológicos portugueses não apresentam condições e colocam em risco os visitantes, enquanto outros como o Zoo da Maia nem licença tem. As conclusões foram apresentadas num relatório internacional “Investigação da União Europeia aos Zoos 2011”, elaborado pela Fundação Born Fere.

O relatório descreve a situação em Portugal identificando “jardins zoológicos sem condições para ao animais, visitantes em risco por falhas de segurança, ratazanas a circular livremente pelos recintos e pelo menos um zoo a funcionar sem licenciamento”, avança o jornal i.

Segundo a Born Free, o Zoo da Maia não tem licença, quando “a lei portuguesa determina que qualquer zoo detetado em inconformidade com os requisitos legais deve ser encerrado”.

 

Em Portugal, os investigadores visitaram dez zoos – Badoca Park (Santo André), Europaradise Park (Montemor-o-Velho), Fluviário de Mora, Monte Selvagem Reserva Animal (Montemor-o-Novo), Parque Biológico de Gaia, Lourosa Zoo, Zoo de Lagos, Jardim Zoológico de Lisboa, Zoo da Maia e Zoomarine (Albufeira). Os dados foram recolhidos através da instalação de câmaras de vídeo panorâmicas em todos eles, sem que os gestores soubessem.

Dos 300 espaços visitados destinados aos animais, 81% não cumpriam “os padrões mínimos exigíveis”, diz o estudo. No Zoo da Maia, os leões apresentavam excesso de peso por não terem espaço para andar. Em vários parques os animais não tinham material de cama ou sombras para se abrigarem do calor. Foram ainda detetados animais mutilados – como aves com asas partidas para que não pudessem voar.  Além disso, contrariando a lei, mais de um quarto das espécies não tinham sinalização explicativa ao lado.

 

O Ministério da Agricultura, que tutela a DGV, garantiu ao i que todos os zoos têm “placas com os requisitos exigíveis” e que “todos os alojamentos de animais estão protegidos”, acrescentando não ter conhecimento de nenhuma avaliação de zoos na União Europeia. “Conhecemos sim relatórios de ONG que se pronunciam sobre condições dos parques com base em parâmetros da sua autoria”, diz a tutela. 

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