Neste sentido, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde recomenda que o transporte de medicamentos seja feito em embalagens isotérmicas, revelou o “Correio da Manhã”.
As recomendações ganham especial relevância no que respeita aos medicamentos para doença cardíaca. Os diuréticos podem aumentar a desidratação, os anti-hipertensores podem agravar uma hipotensão e os anti-arrítmicos podem provocar desidratação e tornar necessário um ajuste de dosagem. No caso dos antibióticos e dos anti-inflamatórios, as altas temperaturas podem alterar o funcionamento normal dos rins, em caso de desidratação, e os antidepressivos, antiparkinsónicos e anti-alérgicos podem alterar a transpiração. Por último, os antipsicóticos podem acarretar um aumento da temperatura corporal e os anti-epilépticos causar desidratação.
Mário Jorge, especialista em Saúde Pública, explicou ao “CM” que o calor pode «diminuir a acção dos medicamentos ou aumentar os seus efeitos secundários».
INFARMED alerta para risco de exposição de medicamentos a altas temperaturas
A exposição dos medicamentos às elevadas temperaturas que se fazem sentir nesta altura do ano pode modificar as propriedades dos fármacos e dos efeitos que estes produzem no organismo, constituindo perigo para o doente, alertou, ontem, o INFARMED.