A Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) conta agora com um total de 26 197 espécies ameaçadas em todo o mundo. De acordo com a UICN, este aumento deve-se, também, a uma atualização da lista com novas espécies, para um total de 93 577 espécies existentes em todo o mundo.
Desde 2017, seis espécies foram declaradas extintas, elevando o total de espécies extintas para 872. Além disso, de acordo com a UICN, cerca de 1700 estão neste momento classificadas como criticamente em perigo.
De acordo com a publicação The Uniplanet, que cita Craig Hilton-Taylor, da UICN, “[estas descobertas] reforçam a teoria de que estamos a entrar num período em que as extinções estão a ocorrer a um ritmo muito mais elevado do que o padrão natural. Estamos a colocar em risco os sistemas de suporte de vida do nosso planeta e o futuro da nossa própria espécie.”
Açores é uma das regiões mais afetadas
Os dados agora publicados mostram que a região autónoma dos Açores é uma das mais afetadas. Dos cerca de 100 insetos avaliados na região, 74% estão ameaçados de extinção devido a espécies invasoras ou à degradação do habitat natural. Além disso, todas as 12 espécies de escaravelhos do género Tarphius analisadas foram classificadas como ameaçadas, sobretudo o Tarphius relictos, um escaravelho endémico da Ilha Terceira que está agora limitado a uma distribuição de menos de um hectare.
Na região autónoma da Madeira, porém, o molusco Geomitra grabhami, uma espécie endémica do arquipélago, anteriormente classificada como criticamente em perigo (possivelmente extinta), passou a ser classificada como criticamente em perigo.