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Grandes carnívoros fazem falta ao planeta

Cientistas comparam cérebros do lobo e do cão

Um grupo internacional de biólogos, coordenado por William Ripple, da Universidade do Estado de Oregon, nos Estados Unidos, analisou as populações de 31 espécies de carnívoros e descobriu que 75% estão em declínio, o que prejudica os respetivos ecossistemas.

De acordo com os cientistas, o mundo precisa destes animais e as consequências do seu desaparecimento podem ser devastadoras. Caso os grandes carnívoros deixem de existir, as repercussões em termos de desequilíbrios e outras perdas nos ecossistemas serão muitas e podem afetar o ser humano.

Os investigadores analisaram as populações de 31 grandes carnívoros em todo o mundo, incluindo lobos e pumas nas Américas, leões e hienas em África, linces e ursos na Europa, leopardos e lobos na Ásia ou dingos (uma subespécie de lobo) na Austrália. Os resultados já foram publicados na revista científica Science.

 

Ripple e a equipa de investigadores concentraram-se em sete espécies, cujo impacto sobre o ecossistema foi objeto de muitos estudos. São elas o leão africano, lince europeu, leopardo, lobo cinzento, puma, lontra marinha e o dingo australiano.

Estas pesquisas mostram que uma diminuição da população de pumas e lobos nos parques de Yellowstone, nos Estados Unidos, provocou um crescimento no número de animais que se alimentam de folhas de árvores e arbustos. Este fenómeno perturba o crescimento da vegetação e afeta aves e pequenos mamíferos.

 

Na Europa, o desaparecimento dos linces foi vinculado à superpopulação de corços e lebres, enquanto o desaparecimento de um grande número de leões e leopardos em África provocou uma explosão do número de babuínos, que destroem as colheitas e atacam rebanhos.

Finalmente, a diminuição das populações de lontras no Alasca levou a um forte crescimento dos ouriços-do-mar e a uma redução das algas castanhas, das quais se alimentam.

 

Para ter acesso ao estudo clique aqui.

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