Estudos recentes demonstraram que os indivíduos que caçam primatas selvagens, incluindo chimpanzés, podem adquirir infecções resultantes do SFV, noticiou o “Medical News Today”. E, uma vez que as consequências a longo prazo destas infecções não são conhecidas, torna-se importante determinar qual a extensão dos primatas selvagens infectados com o vírus.
Neste estudo, investigadores dos Camarões, República Democrática do Congo, França, Gabão, Alemanha, Japão, Ruanda, Reino Unido e Estados Unidos recorreram a métodos não invasivos para efectuarem testes em chimpanzés selvagens.
Através da análise a mais de 700 amostras fecais provenientes de 25 comunidades de chimpanzés da África Subsariana, os investigadores reuniram sequências virais de uma vasta proporção destas comunidades, que demonstram taxas de infecção variando entre 44% e 100%.
Uma parte importante dos surtos de doenças resulta da transmissão de agentes infecciosos entre espécies de primatas e humanos, o que torna imperioso saber como é que esta contaminação entre espécies ocorre.
As elevadas taxas de infecção de SFV que ocorrem nos chimpanzés constituem uma oportunidade para tentar apurar onde é que os humanos se encontram mais expostos a este tipo de vírus. Identificar estas áreas poderá ajudar a determinar onde é que ocorrem as mais altas taxas de interacção entre humanos e chimpanzés, ajudando a prever igualmente que outro tipo de agentes poderá no futuro saltar a barreira da espécie.
Estudo revela propagação de Vírus Símio Espumoso entre chimpanzés
Uma equipa internacional de investigadores descobriu que o Vírus Símio Espumoso (SFV, na sigla em inglês) se encontra disseminado entre os chimpanzés selvagens da África Equatorial. A investigação foi publicada na “PLoS Pathogens”.