Direitos reservados O European Scientific Counsel Companion Animal Parasites (ESCCAP) atualizou as suas orientações para o controlo de doenças transmitidas por vetores em cães e gatos, com destaque para o maneio da leishmaniose e de coinfeções. A nova edição disponibiliza informações sobre o tratamento de animais infetados com múltiplos parasitas sanguíneos, com destaque para cães expostos a flebotomíneos, transmissores da leishmaniose.
Os cães infetados com leishmaniose são frequentemente expostos a outros vetores, como mosquitos e carrapatos, o que aumenta o risco de coinfecções com doenças como dirofilariose e borreliose. Como essas enfermidades podem apresentar sinais clínicos semelhantes, o guia recomenda avaliações abrangentes, incluindo exame físico detalhado e análises hematológicas e bioquímicas, para identificar o patógeno predominante e personalizar o tratamento.
A guideline atualizada enfatiza a prioridade de tratar a infeção primária antes de abordar as coinfecções secundárias. Essa abordagem, que foca inicialmente em doenças agudas, de acordo com o documento, garante uma maior eficácia no controlo das enfermidades e promove o bem-estar do animal.
A leishmaniose, em destaque nas novas diretrizes, continua a ser uma das doenças mais prevalentes entre cães em áreas endémicas e o seu maneio adequado não só reduz complicações nos animais, como também ajuda a minimizar os riscos de transmissão aos humanos, reforçando a importância de práticas responsáveis de prevenção e tratamento.
A atualização do guia reflete o compromisso do ESCCAP em oferecer ferramentas práticas e baseadas em evidências para veterinários e tutores, fortalecendo o controlo de doenças transmitidas por vetores em animais de companhia.
Fonte: ESCCAP | Distribuição da leishmaniose na Europa (A leishmaniose canina é endémica no sul da Europa, com taxas de prevalência de infeção que chegam a 60% em populações expostas)
