Segundo revelou o “Correio da Manhã”, o Tyverb (cujo princípio activo é o lapatinib), em conjugação com a capecitabina, está indicado para o tratamento de cancro da mama em estado avançado com metástases e retarda a progressão da doença e tem como efeitos adversos diarreia e manchas na pele.
O cancro da mama é responsável, em Portugal, pela morte, em média, de quatro mulheres por dia (cerca de 1.460 mortes anuais), sendo diagnosticados, todos os anos, 4.500 novos casos.
Em declarações ao referido jornal, o oncologista Passos Coelho, do Instituto Português de Oncologia de Lisboa, considera que este é um avanço terapêutico para o tratamento daquele tipo de cancro, um dos mais agressivos. «O medicamento foi desenhado para actuar naquele tipo de cancro e tem acção no interior das células tumorais, não o exterior, como outros», mais concretamente, ao nível das proteínas ErbB2 e ErbB1, ambas responsáveis pelo crescimento e proliferação do tumor.
Os investigadores compararam a combinação dos dois fármacos em relação à toma isolada da capecitabina e concluíram que a associação atrasa o tempo de progressão da doença de 5,5 meses contra os 4,2 meses do segundo grupo.
Estão a decorrer vários ensaios clínicos em diversos países mas Portugal não participa, por a Comissão Nacional de Ética considerar não serem suficientes os dados relativos ao novo medicamento. Esses ensaios visam testar a eficácia curativa na fase mais precoce da doença.
Enquanto aguarda a comercialização do novo medicamento em Portugal, o lapatinib já é utilizado por «alguns doentes no meio hospitalar que reúnem critérios clínicos».
ErbB2-positivo: EMEA aprova primeiro medicamento oral para o cancro da mama
A Agência Europeia do Medicamento (EMEA) aprovou na semana passada a comercialização do primeiro medicamento oral para o tratamento do Erb2-positivo, que representa cerca de um quarto dos casos diagnosticados.