Desde 1986 que as mulheres representam cerca de 50% da força de trabalho em medicina veterinária nos EUA. Atualmente, este número ronda já os 60%, e os 80% se estivermos a falar de estudantes de medicina veterinária. Ainda assim, as posições de liderança do setor continuam a ser ocupadas maioritariamente por homens. Quem o diz é Douglas G. Aspros, presidente e fundador da Women’s Veterinary Leadership Development Initiative.
Citado pela American Veterinary Medical Association (AVMA), Douglas Aspros, sublinha que “o futuro da medicina veterinária depende da preparação das gerações futuras para que as médicas veterinárias sejam líderes”.
Criado por uma mãe que toda a vida trabalhou em Engenharia Mecânica, o médico veterinário diz que “a ideia de que as mulheres não pertencem às profissões de Ciências, Tecnologia e Engenharia nunca me ocorreu.”
Aspros continua referindo que “se somos homens, e líderes, somos responsáveis pelo sucesso da nossa organização. Seja ela qual for. Não a conseguimos tornar bem-sucedida se não promovermos as mulheres para posições executivas onde as decisões estratégicas são tomadas. Estaremos a perder talento, engenho e energia.”
O médico veterinário diz também que as mulheres em posições de liderança enfrentam frequentemente estereótipos, sendo consideradas “agressivas ou intimidantes”. “Se queremos construir uma profissão forte, com práticas fortes, e uma indústria forte, temos que nos preparar, aceitar e promover as mulheres em posições de liderança para que tenhamos uma organização forte”.