Luís Eduardo Soares Netto, responsável do estudo, explica que a “A C. violaceum é uma bactéria oportunista. Pretendemos explorá-la como modelo para estudar a patogenicidade porque já teve o seu genoma sequenciado e é relativamente fácil manipulá-la geneticamente”. Os investigadores estudaram o mecanismo de produção de uma enzima usada pela bactéria para decompor o peróxido orgânico, substância oxidante liberada pelas células hospedeiras após a invasão.
Este mecanismo de defesa também está presente noutros géneros de bactérias, como o Streptococcus e Pseudomonas, causadores de doenças respiratórias, infeções cutâneas e sepse em humanos. Neto explica que “embora ainda em fase preliminar, os estudos abrem caminho para o desenvolvimento de novos medicamentos”, e acrescenta que ”hoje já se sabe que muitos antibióticos têm como mecanismo de ação a geração de stresse oxidativo nas bactérias”.