Os animais com imunodeficiência são mais suscetíveis a infeções e, por isso, requerem mais cuidados do que um paciente cujo sistema imunitário funciona de forma eficiente. A Veterinary Team Brief publicou recentemente um artigo em que revela que tipo de cuidados deve ter com este tipo de pacientes.
O que fazer
Independentemente das causas, os pacientes imunocomprometidos são mais suscetíveis a infeções por patogénicos oportunistas presentes no ambiente, na clínica ou nos membros da equipa. É por isso que devem ser desenhados protocolos para proteger não só os pacientes imunossuprimidos, que podem ser infeciosos e assim ficar em isolamento, como os pacientes que pode ser imunodeficientes.
Os pacientes imunocomprometidos requerem considerações especiais, como folhas de tratamento com lembretes sobre a condição do paciente. Esta informação pode ser vital para uma boa assistência a nível de enfermagem.
A equipa também deve usar termómetros apenas para aquele paciente (assim como uma bata e luvas específicas) para não compartilhar o uso dos utensílios no exame a outros pacientes. Já a alimentação dos pacientes imunocomprometidos deve ser feita por via de latas que não foram abertas previamente.
Área de tratamento
De acordo com o artigo, estes pacientes não devem estar soltos na área comum de tratamento e todos os membros da equipa devem lavar as mãos entre os exames dos pacientes, uma precaução universal que devem ser tomada em cada prática. Claro que os membros da equipa devem ter em mente o uso de luvas para os exames ou testes de diagnóstico.
Equipamento
Os protocolos sobre o uso de cateteres ou tubos de alimentação deve ser seguidos à risca, bem como equipamento especialmente utilizado naquele paciente, como cones de otoscópio novos ou esterilizados. Já a recuperação deve ser feita na jaula do animal e não numa sala comum.
Como ajudar os clientes com animais imunocomprometidos
Quando um animal é identificado como imunodeficiente ou imunocomprometido fica mais sujeito a infeções do que um animal saudável. Fale com os donos dos animais para que sejam tomadas algumas medidas de precaução.
- Se o paciente imunodeficiente for um gato tente mantê-lo em casa enquanto o seu sistema imunitário esteja mais comprometido. No caso dos cães é importante que o animal não tenha contacto com outros cães, para que não esteja exposto a agentes infeciosos;
- Tenha atenção aos protocolos de vacinação recomendados pelo médico veterinário e aos ajustes feitos à vacinação do animal em questão com base no estado do seu sistema imunitário.
O que não fazer
- Não introduza novos animais num lar onde existe um animal com imunodeficiência;
- Não leve o animal a locais onde este possa estar exposto a outros animais;
- Não deixe o animal comer ou beber alimentos de fontes que não conhece;
- Não trate os animais no mesmo local onde trata outros animais e tenha o cuidado de pedir a toda a equipa médica que faça a higiene/desinfeção correta entre pacientes e que use os equipamentos adequados.
