No que respeita à primeira, que tem como base um princípio de um programa que já é aplicado nos Açores, o líder do CDS-PP afirmou ontem que «se o primeiro-ministro se recusa a aumentar as pensões, então vamos tentar outra coisa: apoiar os idosos na compra de medicamentos», tendo adiantado que irá formalizar esta proposta perante José Sócrates no debate do Estado da Nação, no dia 10 de Julho, no Parlamento, citou o “Diário Digital”.
«Virá o primeiro-ministro dizer que não é possível. Eu vim aos Açores demonstrar que é possível», sublinhou o responsável durante a visita a uma farmácia em Angra do Heroísmo, onde o CDS-PP realizou as jornadas parlamentares, que terminam hoje.
Nesta região autónoma, onde por proposta do deputado do CDS-PP e líder regional do partido, Artur Lima, foi criado o Complemento para a Aquisição de Medicamentos para Idosos (COMPAMID), que funciona como um cheque-medicamento.
«É um vale-medicamento para idosos com pensões mais baixas, que recebem, uma vez por ano, um apoio que, contra a apresentação de receita médica, totalmente fiscalizável, permite um desconto especial na compra de medicamentos», tendo declarado, depois de ter falado com uma idosa beneficiária do COMPAMID na farmácia que visitou: «aqui está a prova de que é possível».
Por outro lado, Paulo Portas explicou que os democratas-cristãos vão apresentar um projecto de resolução que recomenda ao Governo a criação de um plano anual de contingência para o Verão na área da Saúde, com uma dotação própria e com elementos de informação e actuação, tendo em conta os efeitos que o aumento da temperatura provoca nos grupos etários mais vulneráveis, como crianças e idosos, o aumento dos acidentes de viação e as alterações necessárias a nível de meios e equipamentos, tendo em conta a tradicional mobilidade das populações durante este período.
O CDS-PP vai ainda entregar no Parlamento um outro projecto de resolução que visa a criação de uma tabela de incapacidades causadas pelas doenças crónicas e, por outro lado, dos efeitos dessas patologias na funcionalidade dos cidadãos.
Segundo Diogo Feio, «as doenças crónicas são responsáveis por 60% das mortes todos os anos e por 46% do total de doenças», pelo que o referido partido recomenda ao Executivo que elabore, no prazo de um ano, uma tabela que liste as incapacidades causadas por doenças crónicas e outra que determine quais os efeitos que estas têm nas pessoas e que dependem da sua actividade profissional.