Um grupo de investigadores da Universidade de Zurique acredita que os cães podem ser a resposta que faltava para encontrar um tratamento para o carcinoma mamário, uma vez que o cancro das glândulas mamárias dos cães é muito semelhante ao carcinoma mamário humano.
A investigação foi publicada pela revista científica International Journal of Molecular Sciences e analisa de que forma as células cancerígenas podem influenciar os tecidos à sua volta nos pacientes caninos com o objetivo de perceber se o mecanismo é igual ao dos humanos.
Para conseguir realizar esta análise, os investigadores usaram os arquivos de tecidos do Institute of Veterinary Pathology e realizaram vários testes patológicos para tentar perceber a doença. Os resultados? De acordo com os investigadores, algumas das células próximas dos tumores comportam-se da mesma forma que se comportam as células correspondentes nos pacientes humanos com a doença.
Além disso, de acordo com os cientistas, nos tecidos saudáveis que rodeiam o tumor são produzidas substâncias que promovem o crescimento desse mesmo tumor. Segundo Enni Markkanen, um dos autores do estudo, isto quer dizer que “o tumor escraviza o seu ambiente. Obriga as células ao seu redor a trabalharem para seu benefício”, um mecanismo que funciona de igual forma tanto em humanos como em cães.
Graças a esta descoberta, os autores do estudo acreditam que os cães podem ser essenciais para o desenvolvimento de um tratamento para a doença cancerígena.