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Bastonário considera que dedução do IVA nas despesas veterinárias “não tem grande impacto nos CAMV’s”

Bastonário da OMV diz que houve “articulação perfeita entre as várias entidades” para salvar animais em Monchique

A proposta do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) para que as despesas com médicos veterinários passem a ter o IVA deduzido foi aprovada a 14 de março, durante a alteração do Orçamento do Estado. Assim, quem tenha despesas com médicos veterinários vai poder passar a deduzir 15% do IVA em sede de IRS.

Contactado pela VETERINÁRIA ATUAL, Jorge Cid considera que a medida “é positiva pelo conceito em si, pelo reconhecimento da Assembleia da República e da Sociedade do papel do animal de estimação no seio familiar. Mas a medida não tem grande impacto no dia-a-dia do médico veterinário, a não ser mais pessoas a recorrer ao tratamento dos animais porque têm um incentivo adicional”.

“O nosso objetivo principal é a eliminação do IVA nos atos médico-veterinários”, relembrou o bastonário da OMV. “Ainda assim é uma alteração das mentalidades, das pessoas começarem a olhar para o animal de companhia não como um objeto, mas parte integrante do agregado familiar”.

A dedução será automática, sendo para isso necessário que se peça uma fatura com número de contribuinte, que deve posteriormente ser validada no Portal das Finanças. No entanto, a devolução de IVA com despesas em clínicas veterinárias estará limitada a 250 euros por agregado familiar.

A proposta do PAN tinha inicialmente como objetivo que estas despesas fossem dedutíveis em sede de IRS como despesas de saúde, mas chegou-se à conclusão que assim o gasto para o Estado seria superior. Assim entram como despesas gerais. “Esta medida foi discutida entre mim e o deputado do PAN, sendo que houve uma conjugação de esforços para que fosse aprovada”, referiu Jorge Cid.

Objetivo final: eliminação do IVA

Segundo o bastonário, a OMV vai recorrer a todos os grupos parlamentares para que o “objetivo final da eliminação do IVA nos atos médico-veterinários seja conseguida num futuro próximo”. A medida inicial, de inclusão das despesas de saúde médico-veterinárias no IRS, foi discutida entre o bastonário e a Assembleia da República, mas apenas foi aprovada a dedução de 15% “devido ao grande aperto orçamental que vivemos”.

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