A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou, esta terça-feira (10 de novembro), a recomendação do grupo municipal do PAN que prevê a realização de uma campanha de esterilização que abranja os animais de companhia de famílias carenciadas, bem como os animais à guarda das associações de proteção animal do município.
Esta medida pretende dar resposta “ao facto de, em Lisboa, […] a esterilização abranger apenas os animais adotados na Casa dos Animais de Lisboa – Centro de Recolha Oficial de Animais (CROA) do município – ou protegidos pelo programa CED (Capturar, Esterilizar e Devolver)”, lê-se em comunicado.
Esta realidade “deixa de fora milhares de animais detidos por pessoas com parcos recursos financeiros e abrigados nas associações, que continuam a substituir-se em larga escala às competências que são municipais”, afirmou o deputado municipal do PAN Miguel Santos, alertando para o facto de haver “pessoas e associações que se encontram numa situação mais fragilizada devido à covid-19, tornando-se por isso urgente agir perante esta situação agora”.
Recorde-se que, em 2018, o grupo municipal do PAN propôs a criação de um Hospital Veterinário Municipal, em Lisboa, para “auxiliar os detentores de animais que, comprovadamente, auferissem baixos rendimentos nos tratamentos médico-veterinários dos seus animais de companhia”. Além disso, “esta estrutura deveria responder às necessidades das associações de proteção animal com sede na área metropolitana de Lisboa que não têm por atribuições a prestação de cuidados médico-veterinários”, por forma a “acautelar a esterilização de animais de companhia”, lê-se na recomendação apresentada pelo PAN.
Enquanto o Hospital Veterinário Municipal “não se torna uma realidade”, o grupo municipal do PAN recomenda à autarquia “que dote a Casa dos Animais de Lisboa dos meios técnicos e dos recursos humanos necessários para que seja possível avançar com esta campanha de esterilização”.
