A Associação Portuguesa de Acupuntura Médico-veterinária (APAMV) confirmou hoje que enviou para o Conselho Diretivo da Ordem dos Médicos Veterinários (OMV) um dossiê com informação para fundamentar a inclusão da acupuntura como ato próprio do médico veterinário.
No início da semana, o Conselho Profissional e Deontológico (CPD) da OMV queixou-se de que a decisão tinha sido tomada com base num estudo da APAMV “que não foi divulgado”.
Contactado pela VETERINÁRIA ATUAL, o presidente da APAMV, João Paulo Marques, esclareceu que, “como é do conhecimento público”, a APAMV pediu o reconhecimento da acupuntura como técnica terapêutica a incluir no ato próprio do médico veterinário ao Conselho Diretivo da OMV. No seguimento deste pedido, “o Conselho Diretivo procedeu à constituição de um grupo de trabalho para o qual convidou várias entidades”.
O presidente da APAMV acrescentou ainda que foi solicitado à associação pelo Conselho Diretivo “a fundamentação para o pedido de reconhecimento da acupuntura no âmbito do ato médico veterinário”.
“Para esse efeito foi elaborado pela APAMV um extenso dossiê com a documentação e os argumentos devidamente fundamentados que comprovam, de forma clara e inequívoca, a evidência científica da acupuntura e a importância da sua inclusão no ato médico veterinário, em defesa da saúde e bem-estar animal”, declarou João Paulo Marques. “Esse dossiê foi naturalmente enviado a quem o solicitou – o Conselho Diretivo da OMV.”
A questão é, por isso, se o Conselho Diretivo da Ordem tomou a decisão de considerar a acupuntura como ato próprio do médico veterinário sem consultar os outros órgãos, como o CPD, que lamenta não ter recebido mais informações sobre o processo.
A VETERINÁRIA ATUAL tentou contactar o Conselho Diretivo da OMV para obter esclarecimentos, mas não obteve ainda resposta.