Bruno Tavares, médico veterinário e diretor clínico da Clínica Veterinária Boa Nova, esteve em destaque na 3ª edição das Conferências Veterinária Atual, centrando a sua apresentação na tecnologia e inteligência artificial ao serviço da veterinária. Fique com as principais considerações.
O primeiro orador foi Bruno Tavares, diretor clínico da Clínica Veterinária Boa Nova (CVBN), em Matosinhos, no Porto que abordou o tema da tecnologia e a inteligência artificial (IA) ao serviço da veterinária. “Nós fizemos um investimento significativo na área de tecnologia e IA”, explicou, e agradeceu o empenho de toda a sua equipa e de vários profissionais do setor que ajudaram a fazer crescer o negócio.
“Ao longo dos anos, temos conseguido melhorar a empatia, dominar melhor os nossos dados através do CRM, melhorar a nossa capacidade tecnológica e as práticas sustentáveis. E, em 2022, adaptámo-nos a novas circunstâncias.” A CVBN trabalha com a Salesforce a nível de CRM e Bruno Tavares, apesar de confessar não ter a “clínica perfeita” e ainda ter alguns dossiês e post-its espalhados, aprendeu que se a informação não estiver registada nesta plataforma, “não acontece”. Ou seja, solicita a toda a equipa que centralize a informação no CRM. Quando descobriu esta plataforma, foi percebendo melhor o seu funcionamento e começou a trabalhar os dados de vendas e de gestão de clientes, passando depois para a produtividade e para o digital engagement onde é possível ter toda a informação conectada com as redes sociais, por exemplo.
A transformação digital chegou, é inevitável e há que olhar para o futuro e perceber que “o veterinário daqui a dez anos vai ser completamente diferente do que foi até agora”. As competências comportamentais vão ser essenciais a longo prazo. “O ideal é que as pessoas consigam estar durante muito tempo numa estrutura e as competências do futuro a ser consideradas pelas empresas são: pensamento crítico, criatividade, liderança e gestão de pessoas, inteligência emocional, avaliação e tomada de decisões, trabalho em equipa, orientação de serviços, negociação e flexibilidade cognitiva”, explicou Bruno Tavares.
Deu também a conhecer aos colegas a sala de IA e o Data Center existentes na CVBN. “Neste momento, olhamos para os dados que estão em curso e decidimos”, referiu, e descreveu a IA como “uma capacidade rápida e eficiente de olhar para a informação e um conjunto de práticas e técnicas que vão sendo aprimoradas e trabalhadas, com a função de avaliar objetivos complexos enquanto inteligência não biológica”.
No final da sua apresentação, Bruno Tavares simulou uma teleconsulta com a ajuda de colegas presentes na plateia e demonstrou como funciona um sistema onde tudo fica registado e em menos tempo.