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Animais de Companhia

Desparasitação regular: O alerta para a proteção animal e humana

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A crescente disseminação de doenças parasitárias entre animais de companhia na Europa tem despertado preocupações na comunidade veterinária. No novo episódio do Podcast da Veterinária Atual, Octávio Pereira, médico veterinário e responsável técnico da Boehringer Ingelheim, destaca o papel do European Scientific Counsel Companion Animal Parasites (ESCCAP), no fornecimento de soluções para a prevenção e tratamento destes parasitas, muitos deles zoonóticos, comuns a animais e humanos.

O European Scientific Counsel Companion Animal Parasites agrupa especialistas europeus em parasitologia – com representantes portugueses –, cujo objetivo passa por fornecer diretrizes atualizadas sobre a prevenção e tratamento de parasitas, incluindo parasitas gastrointestinais, externos e cardiopulmonares, com base em estudos epidemiológicos e investigações científicas.

“O ESCCAP congrega conhecimento que vai sendo produzido em todo o mundo, com orientações para os clínicos. Fornece mapas epidemiológicos e informação relativa a rastreios, prevenção, tratamento, assim como os sinais que os parasitas apresentam quando os animais estão infestados”, refere o médico veterinário, considerando a utilidade destas orientações para uma abordagem mais rigorosa na profilaxia. “Além das mudanças climáticas”, que temos vindo a verificar, refletimos também para a “mudança dos hábitos das pessoas e o próprio grau de importância que os animais assumem no seio das famílias. Tudo isso está em constante mudança e, portanto, há que adaptar as orientações à nova realidade.”

Estas diretrizes são ajustadas às realidades regionais, incluindo a portuguesa, algo que Octávio Pereira considera crucial, já que muitos protocolos internacionais nem sempre refletem as necessidades nacionais. Na sua perspetiva, este pode ser um recurso essencial para veterinários e tutores na luta contra os parasitas em animais de companhia.

“Temos de ter em conta que há uma série de parasitas que são zoonóticos, ou seja, comuns a animais e humanos”, denota o profissional, reforçando a importância de cumprir os ritmos de desparasitação. “Existem pulgas e carraças todo ano e as pessoas têm de ter em conta que os animais devem ser devidamente protegidos. O animal que tem pulgas deve ser tratado pelo menos durante três meses”, já os “animais que convivam com crianças em casa devem ser desparasitados todos os meses”, refere.

Ouça o podcast na íntegra aqui.

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