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AniCura Algarve: Investimento em Neurologia e Oncologia reforça oferta do hospital

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A clínica aberta em Faro, em 2005, foi crescendo até se transformar num hospital veterinário, em 2016. Já no passado mês de outubro, a integração no grupo Anicura permitiu expandir fisicamente a estrutura, bem como a oferta especializada, num rebranding que potencia a confiança por parte de clientes e referenciadores. Assim se escreve a história do AniCura Algarve Hospital Veterinário, contada à VETERINÁRIA ATUAL pela sua diretora clínica, Patrícia Cachola.

Em plena capital algarvia, o AniCura Algarve Hospital Veterinário conta com uma equipa especializada de profissionais experientes, que oferece um diversificado conjunto de serviços médico-veterinários, sempre com a prioridade e o foco na saúde e bem-estar do animal.

Recém-integrado no grupo AniCura, a génese deste hospital remonta a 2005, ano em que Patrícia Cachola abria uma clínica veterinária que rapidamente se mostrou insuficiente para fazer face à procura e às necessidades da região, sazonalmente agravadas pelo aumento de população nos meses de verão.

“Fomos crescendo e a dada altura começámos a abrir aos fins de semana. Só não dispúnhamos das urgências/acompanhamento noturno e o facto de não haver nenhum hospital próximo para o qual pudéssemos enviar os casos mais críticos fez com que dessemos o passo seguinte e, em 2016, abrimos finalmente o Hospital Veterinário do Algarve”, lembra a médica veterinária, que nunca teve no crescimento para este formato uma vontade ou objetivo, reconhece. “Sempre imaginei que a clínica crescesse para se tornar numa policlínica, com especialidades. No entanto, a falta de apoio 24 horas [os hospitais mais próximos são Portimão e Beja] fez-nos dar o passo para o hospital”, recorda.

“O facto de estarmos na periferia não pode ser uma desculpa para não tentarmos ser melhores e aproximarmo-nos daquilo que de melhor se faz a nível nacional e internacional” – Patrícia Cachola, diretora clínica AniCura Algarve

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Especialização: Simultaneamente um desafio e uma prioridade

O caminho da especialização – igualmente deficitário na região do Algarve – também foi sendo percorrido, mesmo antes da chancela AniCura, e atualmente o hospital evidencia-se pela oferta em áreas como a oftalmologia, cardiologia, cirurgia ortopédica, imagiologia, análises clínicas, acupuntura, entre outras.

“A nossa prioridade sempre foi a especialização e a manutenção de um bom serviço de internamento 24 horas. Esses são os pilares do hospital”, refere a sua diretora clínica, justificando: “A maior parte dos nossos referenciadores são consultórios/clínicas pequenas, pelo que tentamos sempre investir nas áreas que os colegas não têm. Estamos aqui para as coisas que os colegas não podem e não querem fazer”. É o caso da imagiologia, da radiologia, e da endoscopia, por exemplo. Mas, é também o caso do banco de sangue. Segundo Patrícia Cachola, o Hospital Veterinário do Algarve foi um dos primeiros polos do banco de sangue, possibilitando a recolha do mesmo, uma vez que temos muitos clientes dadores, bem como a disponibilização de sangue aos colegas da região sempre que dele necessitam.

E é, ainda, o caso da fisioterapia, conforme explica a médica: “Nunca fizemos cirurgia neurológica – como sejam as laminectomias, às hérnias discais –, mas fazemos o recobro destes animais que vão ser operados a outros sítios (frequentemente ao AniCura Restelo, em Lisboa), pelo que houve a necessidade de desenvolvermos a área de fisioterapia e a acupuntura, para continuarmos a dar o melhor acompanhamento possível a estes casos”, descreve a veterinária, explicando que, para tal, investiu-se na formação de enfermeiras na área de fisioterapia e numa banheira de hidroterapia.

A oferta de cuidados especializados por parte do hospital é, assim, uma forma de diferenciação e de colmatar as necessidades do mercado. “Sempre procurei, enquanto profissional, olhar e inspirar-me nos melhores. O facto de estarmos na periferia não pode ser uma desculpa para não tentarmos ser melhores e aproximarmo-nos daquilo que de melhor se faz a nível nacional e internacional”, sublinha Patrícia Cachola a este respeito.

Maior hospital da região, fruto do rebranding e expansão

Enquanto marca líder de serviços e cuidados veterinários, a AniCura confere ao Hospital Veterinário do Algarve uma credibilidade acrescida. Para tal, a uniformização da imagem – recentemente finalizada – é imprescindível. Quem o diz é a responsável do Marketing e Comunicação da AniCura Portugal, Ana Rita Matias, frisando, em declarações à VETERINÁRIA ATUAL, que “a qualidade técnica já era algo intrínseco à equipa do hospital antes do rebranding”. A ideia de que o cunho AniCura gera mais confiança, tanto no cliente, como nos veterinários referenciadores, é corroborada por Patrícia Cachola, que já teve clientes, que são clientes AniCura noutros países, a procurarem o seu hospital em período de férias por conhecerem e confiarem na marca.

Com este rebranding e a expansão física da estrutura, o Hospital Veterinário do Algarve torna-se no mais completo da região, capaz de suprir a maior parte das necessidades da sua área geográfica. Além disso, agora há também um espaço dedicado à formação, algo que a diretora clínica salienta com especial entusiamo. “Passamos a poder dar formação, nomeadamente aos nossos referenciadores, o que permite, em primeiro lugar, que eles nos conheçam, e passem a ter um contacto mais direto connosco, facilitando desta forma a referenciação”, destaca Patrícia Cachola.

“No futuro próximo, queremos continuar a desenvolver a Neurologia e a Oncologia e a reforçar a cultura de referenciação, através do contacto próximo e de uma oferta formativa aos nossos referenciadores, objetivos que se tornam de mais fácil concretização com a chancela AniCura”, conclui a veterinária.

Integração na AniCura traz upgrade em vários domínios

Os recursos humanos, designadamente a retenção de médicos veterinários – sobretudo especialistas – e de enfermeiros veterinários de qualidade, são um dos principais desafios na gestão do Hospital Veterinário do Algarve.

Um problema que a integração na marca AniCura ajudou a colmatar, na medida em que o grupo promove ações de formação contínua (presencial e online) com alguma regularidade. Além disso, salienta Patrícia Cachola, “é muito mais fácil enviarmos médicos ou enfermeiros para fazerem pequenos estágios noutras unidades AniCura”.

“A nossa prioridade sempre foi a especialização e a manutenção de um bom serviço de internamento 24 horas. Esses são os pilares do hospital” – Patrícia Cachola, diretora clínica AniCura Algarve

E este “suporte muito grande e muito positivo à estrutura do hospital” por parte da AniCura não se esgota nesta vertente, garante a responsável, adiantando que “sem este rebranding e a expansão física da estrutura que daí adveio, não poderíamos acolher o equipamento de TAC, que nos permite desenvolver as duas áreas que temos como prioritárias em termos de investimento: a Neurologia e a Oncologia”. É um apoio que se estende da gestão/manutenção aos recursos humanos/contratações e que permite à médica veterinária acumular, de uma forma mais harmoniosa, a prática clínica exigente com a direção clínica do hospital. E é um apoio “muito próximo e diário”, com base num grupo no Whatsapp que junta todos os diretores clínicos em “contacto direto e constante”.

Urgências e cirurgia de referência são grande fatia da casuística

O volume de trabalho no AniCura Algarve Hospital Veterinário é grande. Ao todo, são oito os veterinários que integram a equipa, atualmente, sendo que o total ideal, diz a diretora clínica, deveria ser de 10 médicos.

“Habitualmente temos três colegas em simultâneo na consulta, mais um colega no internamento e outro na cirurgia”, explica a veterinária, que faz uma média de 20 a 30 consultas por dia. Dada a localização do hospital, os meses de julho e agosto são “muito críticos”, sublinha Patrícia Cachola. “Não chegamos a dobrar o volume de trabalho, mas temos um crescimento mesmo muito substancial”, nota. Dadas a dimensão e a oferta da estrutura, a casuística é muito variada e, de acordo com a médica, compõe-se de “muitas urgências ao fim de semana, quer referenciadas, quer não referenciadas”.

Sejam ou não casos de urgência, a cirurgia de referência é outra área forte de atuação no AniCura Algarve Hospital Veterinário. “Por exemplo, uma piometra, uma torção de estômago ou um hemoabdómen, são situações que os colegas nos referenciam com frequência. Também temos amiúde reações anafiláticas, atropelamentos e politraumatizados”, adianta a veterinária, que reconhece um enorme desenvolvimento profissional individual, fruto da alteração da casuística com a passagem de clínica a hospital.

Equipa “funcional e saudável” e bom ambiente de trabalho

No que respeita à equipa de profissionais, “é muito jovem e é com orgulho que digo que, além de colegas, dão-se todos muito bem dentro e fora do hospital e são todos amigos, daqueles que saem todos juntos à noite”, avança Patrícia Cachola. Uma relação que se reflete no dia a dia, em que o trabalho decorre num “bom ambiente, sem atritos”, sublinha a responsável. E que pode explicar-se de uma forma simples, segundo a veterinária: “Acredito que não se pode ser um bom profissional, se não se for uma boa pessoa. Como tal, e porque conseguimos formar veterinários, mas não conseguimos formar pessoas, a nossa triagem no recrutamento segue esta máxima e esse talvez seja o segredo para mantermos uma equipa tão funcional e tão saudável”.

O bem-estar e a saúde mental dos colaboradores é uma preocupação da direção clínica, consciente de que as horas de trabalho no hospital correspondem a uma grande carga a nível psicológico e emocional. Nesse sentido, está neste momento a ser pensado um tipo de horário que permita aos enfermeiros ter períodos de folgas mais longos e concentrados, de forma a conseguirem fazer algo que, segundo a médica, é fundamental na prática veterinária: desligar.

“No futuro próximo, queremos continuar a desenvolver a Neurologia e a Oncologia e a reforçar a cultura de referenciação, através do contacto próximo e de uma oferta formativa aos nossos referenciadores, objetivos que se tornam de mais fácil concretização com a chancela AniCura” – Patrícia Cachola, diretora clínica AniCura Algarve

Promoção de uma cultura de empatia e de fidelização do cliente

No AniCura Algarve, há profissionais que trabalham com Patrícia Cachola desde o tempo da clínica. Assim como há clientes que procuram os serviços e cuidados veterinários desde essa mesma altura.

“Procuramos promover uma cultura de empatia com o cliente e de manutenção/fidelização do cliente. Temos muitos clientes que nos são fiéis desde a clínica e outros que nos procuram em situação de urgência e que depois passam para o veterinário de referência. É um mix de ambos”, salienta a médica.

Questionada sobre como gostaria que os clientes vissem o trabalho do hospital e da sua equipa, a veterinária diz que “gostaria que as pessoas vissem e reconhecessem o hospital como um sítio em que nos damos completamente para que o animal tenha os melhores especialistas e tenha acesso a todo o nível técnico mais especializado e ao mesmo tenha a parte humana e emocional”.

Mais do que o feedback dos tutores, o feedback dos animais é que é a verdadeira recompensa, garante. “Quando os animais ficam internados e são submetidos a procedimentos necessariamente invasivos ou desconfortáveis, mas depois voltam felizes e bem-dispostos para as reavaliações … É sinal de que foram bem tratados e de que houve carinho da nossa parte e isso é sem dúvida a nossa maior recompensa, porque a nossa preocupação final é sempre o bem-estar do animal”, conclui a diretora clínica.

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