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Equinos

Giorgio Ricardi, presidente da FEEVA, marca presença no Equine Hoof Symposium

Giorgio Ricardi

Giorgio Ricardi, presidente da Federation of European Equine Veterinary Associations (FEEVA), esteve em Portugal para participar na assembleia-geral da FEEVA, assim como no Equine Hoof Symposium, que decorreu no passado sábado na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa.

Em declarações à VETERNÁRIA ATUAL, este responsável explicou que além da defesa dos interesses da profissão de médico veterinário de equinos, a FEEVA concentra-se na luta “pelo bem-estar dos cavalos” e neste sentido “enfrentamos muitos problemas, como o transporte de cavalos na Europa, em que queremos salvaguardar que são transportados corretamente”.

No entanto também há desafios relativamente aos medicamentos. “O problema é que o cavalo é um animal único, porque é um animal de estimação, mas também pode ser consumido e temos de proteger a saúde humana”, salientou Giorgio Ricardi, acrescentando que “temos de ter a certeza de que determinadas substâncias não estejam presentes na cadeia alimentar, daí ser complicado usar drogas em cavalos que vão ser consumidos”.

Em Portugal, o mercado de carne de cavalo “é residual”, declarou Nuno Bernardes, presidente da Associação de Médicos Veterinários de Equinos (AMVE). O médico veterinário adiantou que “não me parece que este seja um setor que possa florescer no nosso país”. Porém, ainda de acordo com Nuno Bernardes, há países como “a Itália e Roménia que são maiores consumidores de carne de cavalo do que nós porque temos uma ligação emocional a este animal maior do que eles”.

Quanto à realização do Simpósio, o presidente da AMVE explicou que “a FEEVA faz uma assembleia-geral num dos países-membros e há cerca de um ano e meio candidatámo-nos para receber a assembleia, que normalmente está associada a um evento científico”. Quanto ao tema, “tem a ver com uma sensibilidade pessoal”, revelou Nuno Bernardes, mas também porque “há falta de formação na área da ferração, pelo menos no respeitante às correções ortopédicas, e também dos médicos veterinários, porque na faculdade não têm formação neste campo. Assim acabou por se conjugar um conjunto de fatores que proporcionou a escolha deste tema. Afinal, como dizia Aristóteles: ‘sem casco não há cavalo’”.

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