Em declarações à VETERNÁRIA ATUAL, este responsável explicou que além da defesa dos interesses da profissão de médico veterinário de equinos, a FEEVA concentra-se na luta “pelo bem-estar dos cavalos” e neste sentido “enfrentamos muitos problemas, como o transporte de cavalos na Europa, em que queremos salvaguardar que são transportados corretamente”.
No entanto também há desafios relativamente aos medicamentos. “O problema é que o cavalo é um animal único, porque é um animal de estimação, mas também pode ser consumido e temos de proteger a saúde humana”, salientou Giorgio Ricardi, acrescentando que “temos de ter a certeza de que determinadas substâncias não estejam presentes na cadeia alimentar, daí ser complicado usar drogas em cavalos que vão ser consumidos”.
Em Portugal, o mercado de carne de cavalo “é residual”, declarou Nuno Bernardes, presidente da Associação de Médicos Veterinários de Equinos (AMVE). O médico veterinário adiantou que “não me parece que este seja um setor que possa florescer no nosso país”. Porém, ainda de acordo com Nuno Bernardes, há países como “a Itália e Roménia que são maiores consumidores de carne de cavalo do que nós porque temos uma ligação emocional a este animal maior do que eles”.
Quanto à realização do Simpósio, o presidente da AMVE explicou que “a FEEVA faz uma assembleia-geral num dos países-membros e há cerca de um ano e meio candidatámo-nos para receber a assembleia, que normalmente está associada a um evento científico”. Quanto ao tema, “tem a ver com uma sensibilidade pessoal”, revelou Nuno Bernardes, mas também porque “há falta de formação na área da ferração, pelo menos no respeitante às correções ortopédicas, e também dos médicos veterinários, porque na faculdade não têm formação neste campo. Assim acabou por se conjugar um conjunto de fatores que proporcionou a escolha deste tema. Afinal, como dizia Aristóteles: ‘sem casco não há cavalo’”.