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Investigação

Estudo: gatos têm maior probabilidade de sobreviver a mordidas de cobras do que os cães

Reprodução Felina em debate no Hospital Veterinário do Atlântico

Os gatos têm o dobro da probabilidade de sobreviver a uma mordida de cobra venenosa do que os cães, segundo os investigadores da Universidade de Queensland, na Austrália.

De acordo com o estudo Pets in peril: The relative susceptibility of cats and dogs to procoagulant snake venoms, publicado na Comparative Biochemistry and Physiology, os cientistas compararam os efeitos de diferentes venenos de cobra sobre os agentes de coagulação do sangue em cães e gatos.

 

Sem administração de antídotos, apenas 32% dos cães conseguem sobreviver no caso de serem mordidos por uma cobra-castanha-oriental, enquanto os gatos têm o dobro da probabilidade de sobreviver, com 66%.

Aliás, mesmo com administração de antídotos, os gatos têm uma taxa de sobrevivência significativamente mais elevada.

 

A partir da análise de coagulação, os investigadores testaram em laboratório os efeitos do veneno da cobra-castanha-oriental no plasma dos cães e gatos no plasma dos cães e dos gatos, além de outros dez venenos encontrados em todo o mundo.

A análise comprovou que os venenos agem mais rapidamente no plasma dos cães do que no dos gatos ou do ser humano, o que aponta que os cães são mais vulneráveis a estes venenos.

 

“O tempo de coagulação espontânea do sangue – mesmo sem veneno – foi dramaticamente mais rápido nos cães do que nos gatos”, garantiu Bryan Fry, autor principal do estudo, citado pela MRCVS Online. “Isto sugere que a coagulação naturalmente mais rápida do sangue dos cães os torna mais vulneráveis a este tipo de venenos de cobra.”

A condição “coagulopatia tuberculosa induzida pelo veneno” faz com que o animal perca a sua capacidade de coagular o sangue e sangre até à morte.

 

Na Austrália, por exemplo, a serpente-castanha-oriental é responsável por cerca de 76% das mordidas de cobras a animais de companhia declaradas todos os anos.gat

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