A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) recolheu na passada semana um total de 4 955 coelhos, 1 193 dos quais haviam morrido à fome numa exploração em Estarreja. Os animais morreram depois de terem sido penhorados, levando os técnicos da DGAV a procederem à sua recolha.
Esta operação teve como objetivo o abate dos animais vivos e a remoção dos cadáveres, numa ação conjunta com o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR. A ação foi desencadeada depois de o Diário de Aveiro ter noticiado que cerca de 5 mil coelhos estariam a morrer à fome depois de terem sido penhorados por causa de uma dívida de cerca de 7 600 euros a um fornecedor de ração que foi executada a 13 de novembro.
Depois de a notícia ter sido conhecida, a GNR da Aveiro levantou um auto de notícia por maus tratos dos animais. Além disso, o PAN veio pronunciar-se, referindo que “a penhora não foi a causa de morte de grande parte dos coelhos, mas sim a ausência de prestação de cuidados por parte do seu proprietário e a inação da DGAV”.
O PAN diz ainda que considera “inconcebível” que em 2017 se deixem morrer animais à fome em Portugal e que este tipo de diligências “deveriam garantir sempre e inequivocamente o superior interesse dos animais”, nomeadamente através do acompanhamento pelo Médico Veterinário Municipal.