A queixa é da Federação Nacional dos Caçadores e Proprietários (FNCP): a falta de vigilância sanitária e de médicos veterinários poderá levar a danos na saúde pública. De acordo com a TSF, que ouviu Eduardo Biscaia, da organização, há já algumas doenças a afetar os animais e em alguns casos “nem há controlo veterinário”.
“[Por vezes] Os javalis são portadores de tuberculose e não há a obrigatoriedade de que nas montarias haja um veterinário”, indica Eduardo Biscaia. Isto significa que os animais doentes podem entrar na cadeia alimentar, o que representa um perigo para a saúde pública.
A denúncia já foi feita à Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) pela FNCP e pelo Movimento de Caçadores + Caça, acompanhada de um pedido para que a legislação portuguesa seja alterada para preservar as espécies de caça, com a criação de regras quanto à quantidade de espécies e ao tempo em que devem ser caçadas.
À TSF, a Federação Nacional dos Caçadores e Proprietários defende que “a caça é pública, é um bem nacional e deve ser o Estado a geri-la”.
Já no ano passado, os caçadores portugueses haviam denunciado uma situação de falta de fiscalização das doenças dos animais. Na altura, o Ministério da Agricultura rejeitou as críticas, lembrando “as ações de fiscalização e de prevenção” em vigor e “a intervenção da autoridade competente em sanidade animal, a Direção Geral de Alimentação e Veterinária” que em parceria com o ICNF e o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) desenvolveu uma estratégia, apresentada em 2015.