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Gatos confiam na consciência corporal para enfrentar obstáculos espaciais

Gatos confiam na consciência corporal para enfrentar obstáculos espaciais iStock

Um estudo concluiu que os gatos tiram partido da consciência da sua dimensão corporal para passar por espaços pequenos, confiando na tentativa e erro como na capacidade de representar mentalmente o seu tamanho para passar por aberturas estreitas ou baixas.

A investigação, realizada com 30 gatos domésticos, testou os felinos com diversas aberturas progressivamente menores, de diferentes alturas e larguras. De acordo com os investigadores, os gatos não hesitaram em passar pelas aberturas mais estreitas, mesmo quando eram mais estreitas do que o próprio peito. No entanto, mostraram uma hesitação acentuada quando as aberturas eram inferiores à sua altura, “indicando que os gatos estão conscientes das limitações do seu corpo quando se deparam com espaços desconfortavelmente curtos”, explicam os cientistas.

 

“Os gatos são conhecidos pela sua incrível flexibilidade graças ao esqueleto único e às clavículas flutuantes. Por outro lado, confiam na sua capacidade física para se moverem através de aberturas estreitas e, por outro, parecem estar conscientes do seu próprio tamanho quando as aberturas são demasiado baixas para que possam passar facilmente”, esclareceram os investigadores.

Além disso, o estudo também destacou o uso dos bigodes, que auxilia os gatos a avaliar o espaço ao se aproximarem de aberturas difíceis, compensando a visão limitada a distâncias próximas.

 

A análise, segundo os cientistas, oferece novos insights sobre o comportamento espacial dos gatos e a sua consciência quanto à dimensão do seu corpo.

Desta forma, “a forma como os gatos lidam com o stress ao enfrentar obstáculos espaciais, especialmente em ambientes clínicos desconhecidos, poderia ser melhorada tendo em conta as suas capacidades espaciais e a preferência por se movimentarem em espaços altos e estreitos. Também pode ser útil para compreender como os gatos avaliam o seu ambiente, o que pode ser relevante na conceção de abrigos ou espaços para eles”, enalteceram os investigadores.

 

Os cientistas concluíram ainda que “os gatos parecem ser feitos de material líquido, pois conseguem adaptar o seu corpo a diferentes posições para superar os obstáculos que surgem pelo caminho”.

 

 
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