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Acidentes rodoviários são a principal causa de morte de gatos no Reino Unido

Acidentes rodoviários são a principal causa de morte de gatos no Reino Unido iStock

Um novo estudo da Universidade de Bristol, em parceria com a organização de proteção animal Cats Protection, revelou que os acidentes de viação são a principal causa de morte de gatos com oito anos ou menos no Reino Unido.

De acordo com os autores, este trata-se do primeiro estudo a nível nacional a incluir dados de gatos que não frequentam veterinários nem possuem seguro, oferecendo uma visão mais abrangente da mortalidade felina.

 

Publicado no Journal of Feline Medicine and Surgery, o estudo baseia-se em dados recolhidos ao longo de oito anos no âmbito do projeto “Bristol Cats” — um estudo longitudinal sobre a saúde, bem-estar e comportamento dos gatos. Foram analisadas informações provenientes de questionários preenchidos pelos tutores, comunicações diretas e registos médicos, num total de 2.444 gatos.

Entre os gatos até aos oito anos, 45,6% das mortes foram causadas por acidentes rodoviários. No caso dos gatinhos com menos de um ano, a percentagem sobe para 61,2%. Outras causas relevantes nesta faixa etária incluem peritonite infeciosa felina (11,9%) e outros tipos de trauma (7,5%).

 

Nos gatos entre um e seis anos, os acidentes de viação continuam a ser a principal causa de morte (49,6%), seguidos de causas não especificadas (14,4%), doença renal (6,5%) e doença cardíaca (6,5%).

De acordo com o estudo, a probabilidade anual de morte nos gatos até aos dois anos situa-se entre 2,8% e 3,1%, diminuindo para 1,7% entre os dois e os três anos, mas aumentando progressivamente com a idade. Os gatos entre os sete e oito anos apresentam uma probabilidade de morte de 3,6%.

 

Para Aimee Taylor, veterinária e autora principal do estudo, “o nosso estudo é o primeiro a incluir mortes não assinaladas, em registos médicos ou planos de saúde, em gatos de companhia de até oito anos. Constatámos que a idade aumenta a possibilidade de morte, mas também há um alto risco de mortalidade para gatos de até 2 anos”.

A investigadora Emily Blackwell, diretora do programa Bristol Cats, destacou a importância da deteção precoce de doenças: “a nossa investigação sugere que uma maior sensibilização para doenças renais e cardíacas nos gatos adultos jovens pode contribuir para prolongar a sua vida”.

 

O estudo lança também um alerta aos tutores de gatos, em especial aos que permitem acesso ao exterior, para o risco elevado de acidentes rodoviários, com os autores da análise a recomendarem a adoção de medidas preventivas, como a limitação do acesso às ruas mais movimentadas, e a realização de check-ups regulares para deteção precoce de doenças.

 

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