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Médicos Veterinários

“Vamos tornar a veterinária uma das profissões mais essenciais nas próximas décadas”

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O Congresso da Ordem dos Médicos Veterinários (OMV), que decorreu nos dias 25 e 26 de outubro no Hotel Vila Galé, em Évora, centrou-se na carreira médico-veterinária e no desenvolvimento de um plano evolutivo para garantir melhores condições laborais e reforçar a relevância da profissão.

Durante a sessão de abertura, o bastonário Pedro Fabrica destacou a importância deste evento como um marco para o futuro da carreira médico-veterinária em Portugal, sublinhando que representa “um passo importante para a ambição do plano evolutivo da profissão”, com vista à sua valorização.

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Pedro Fabrica mencionou o “trabalho labiríntico” frequentemente realizado pelos profissionais em diversas áreas da medicina veterinária, realçando que a profissão está a adaptar-se às novas exigências.

“Desde o início, tenho defendido que o nosso mote é a valorização da profissão veterinária. Acredito que, na base dessa valorização, está o estabelecimento de condições laborais mínimas, para que os médicos veterinários vejam na profissão uma carreira com futuro, que realmente ambicionem levar até ao fim, reduzindo a desistência, aumentando a satisfação e garantindo que são tratados com justiça como os seus pares noutras profissões médicas”. Como meta, o bastonário reforçou a ambição de “tornar a veterinária uma das profissões mais essenciais nas próximas décadas”.

 

Graça Pires, presidente do Conselho Regional do Sul da OMV, destacou as assimetrias geográficas na distribuição dos profissionais, apresentando alguns números relativos ao Conselho Regional do Sul: “Dos 3.765 membros ativos do Conselho Regional do Sul, 344 estão em Santarém, 126 em Portalegre, 1.996 em Lisboa, 227 em Évora, 609 em Setúbal, 145 em Beja, 291 em Faro, e 17 pertencem a outras regiões, incluindo os residentes no estrangeiro”.

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Para a responsável, a importância deste congresso reside sobretudo na identificação e correção dos principais constrangimentos que afetam a classe. “Com a partilha de temas que geram inquietações, podemos moldar soluções”, denotou, identificando assim algumas das principais questões em análise: “a necessidade de instrumentos de regulação coletiva de trabalho, a saúde animal, a sustentabilidade da agropecuária, a carreira especial médico-veterinária, o curriculum dos formandos desta área do saber, o IVA relacionado com os serviços médico veterinários, o burnout”, entre outros.

 

No que diz respeito ao papel do médico veterinário na sociedade, João Niza Ribeiro, presidente da Assembleia Geral da OMV, abordou o impacto dos profissionais na saúde pública, destacando que a classe foi uma das primeiras a adotar o conceito de “Uma Só Saúde” — uma abordagem que integra saúde humana, animal e ambiental.

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No entanto, para o presidente da Assembleia Geral da OMV, o papel dos veterinários vai muito além da prevenção de zoonoses, abrangendo também o bem-estar físico e emocional das pessoas, dado o impacto positivo que os animais têm nas suas vidas. “Há muitos anos que defendo que não há saúde pública, humana e veterinária” em separado, “há apenas saúde pública, com o contributo de cada profissão. E o veterinário é um agente crucial da saúde pública”, afirmou.

 

João Niza Ribeiro salientou ainda a contribuição vital dos médicos veterinários para a produção animal e segurança alimentar, notando também a sua importância para a gestão do uso responsável de antibióticos.

 

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