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Gestão

Customer Experience Management ou a solidez da relação com os seus clientes

criança veterinária

No passado dia 07 de Outubro tive o prazer de estar na Mesa Redonda do evento Vetbizz, em Lisboa, para discutir uma temática premente: o Customer Experience. Um tema tão complexo quanto fundamental. A solidez da relação que constrói com os seus clientes corresponde ao activo mais importante do seu CAMV, sendo o factor competitivo mais difícil de replicar por parte da sua concorrência.

E é aqui que surgem algumas questões fulcrais: tem a garantia que os seus clientes estão a receber o serviço e o apoio que necessitam? Conhece as necessidades e expectativas dos seus clientes? Os seus colaboradores estão orientados para superar essas expectativas? Sabe como deixar os seus clientes realmente ENCANTADOS?

 

O Customer Experience Management não é mais do que um processo de gestão de clientes que tem como objectivo proporcionar-lhes experiências de serviço memoráveis, que os fidelizem emocionalmente à marca, de forma estável e duradoura. Nesse sentido é determinante evoluir das ultrapassadas práticas de Customer Service (centradas, exclusivamente, no processo de “pós-venda”) e das presentes práticas de Customer Relationship Management – CRM (centradas em aumentar o conhecimento sobre o Cliente) para o Customer Experience Management – CEM, centrado na gestão da experiência proporcionada ao cliente, em cada interacção que este tem com a Organização (os “momentos de verdade”).

O Customer Experience Management corresponde a uma evolução das melhores práticas de CRM e, simultaneamente, a uma ruptura na forma de enquadrar o cliente, podendo ser descrito como “a fusão entre a excelência operacional da empresa e as emoções positivas que esta consegue despertar no seu cliente, de forma consistente, através de todos os canais de contacto e em todos os momentos de interacção”.

 

Como facilmente se depreende, o desenvolvimento do Customer Experience Management exige que a Voz do Cliente seja colocada no Centro do seu CAMV e que o feedback que o cliente tem para lhe dar, sobre o seu serviço, os seus produtos e os seus processos, seja a informação de base para o desenvolvimento de um Serviço de Excelência que lhe supere todas as expectativas. No fundo estamos a falar em saber escutar o cliente (não basta ouvir), desenvolver paixão nas pessoas e medir as coisas certas (e não apenas as mais fáceis).

As metodologias tradicionais de recolha de feedback do cliente revelam limitações substanciais que inviabilizam uma resposta operacional eficaz. Estamos a falar, por exemplo, dos inquéritos que os CAMV resolvem ministrar numa base periódica (ex.: semestral ou anual) para aferir o nível de satisfação de um cliente, das chamadas mistério (têm a limitação da qualidade de serviço ser avaliada segundo critérios internos), ou ainda da gestão das reclamações (que apenas abarca os casos em que os clientes reclamam).

 

A metodologia Event Driven Feedback revela-se especialmente adequada ao desenvolvimento de um verdadeiro processo de Customer Experience Management, uma vez que permite recolher opiniões e sugestões concretas de clientes, imediatamente após um evento/interacção, experimentada por estes junto do CAMV. Por exemplo, após a consulta do seu animal fará sentido inquirir de imediato o cliente no sentido de aferir qual o seu nível de satisfação em relação à experiência que teve no consultório.

No fundo estamos a falar em saber escutar o cliente (não basta ouvir), desenvolver paixão nas pessoas e medir as coisas certas (e não apenas as mais fáceis).

Se for inquirir apenas seis meses depois, o mais provável é que ele não se recorde a 100% da experiência que teve. Tradicionalmente, alguns CAMV utilizam inquéritos em papel, mas não é anormal terem uma taxa de respostas baixa e, menos anormal ainda, que não façam o respectivo tratamento estatístico para posterior análise dos resultados e adopção de medidas correctivas. Assim não vale a pena realizar inquéritos. Porquê? Porque o processo de desenvolvimento da Customer Experience é conseguido através de um ciclo contínuo de recolha de eventos / interacções dos clientes (através de inquéritos online, por exemplo, ministrados na recepção ou enviados por e-mail), recolha e tratamento das respostas, configuração de alertas, análise de relatórios e estatísticas, identificação de oportunidades de melhoria e reajustamento de todo o processo.

Dilen Ratanji

Dilen Ratanji

 

O processo de implementação do Customer Experience exige método, rigor e disciplina. Mas acima de tudo exige um comprometimento de toda a equipa do seu CAMV para a prestação de serviços de EXCELÊNCIA a todos os seus clientes. Quando começar a receber, por parte dos clientes, elogios, flores, chocolates, entre outros “mimos”, numa base diária, orgulhe-se. É sinal que sabe como deixar os clientes realmente encantados…

 

 

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