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Vet Talks Ceva: “É um desafio tornar a medição da pressão arterial um exame de rotina”

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Recolha de amostras e culturas bacterianas, medo de ruído e como lidar com o problema, hipertensão felina, medição da pressão arterial em gatos conscientes e os desafios da resistência aos antibióticos nos animais de companhia foram os temas em destaque no Vet Talks – Conferência Ceva Animais de Companhia, que decorreu no passado sábado, em Lisboa.

Salvador Cervantes, co-fundador da Clínica Felina Barcelona, um hospital para gatos, explicou como se devem recolher as amostras. Por exemplo, no que toca às fezes devem ser “rapidamente refrigeradas a quatro graus”, assim como “cultivadas em menos de 24 horas”.

Na área do comportamento, a apresentação de Jaume Fatjó, professor assistente no Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da Universitat Autònoma de Barcelona, abordou a fobia ao fogo-de-artifício e trovões. O médico veterinário referiu que, relativamente aos cães, “há uma prevalência elevada de problemas de ansiedade” e que “somente 10% dos casos chegam aos especialistas de comportamento”. No respeitante à deteção e diagnóstico, revelou que “30% dos pacientes reagem antes do estímulo”. Quanto ao tratamento, o professor apontou as terapias biológicas e a modificação ambiental e reeducação.

Chegada a hora de abordar a hipertensão felina, coube a Luís Lobo, diretor-clínico do Hospital Veterinário do Porto salientar que “é um desafio tornar a medição da pressão arterial um exame de rotina”. O diagnóstico da hipertensão arterial “é baseado no risco de lesão de órgão alvo (LOA)”, que neste caso poderá ser, segundo o médico veterinário, o coração, os olhos, os rins ou o cérebro.

Se é um desafio tornar a medição da pressão arterial um exame de rotina, o momento da medição também poderá representar alguns desafios. Para minimizá-los, Martha Cannon, co-diretora da Oxford Cat Clinic, um centro veterinário de referência exclusivamente para gatos, aconselha a preparar um ambiente calmo, esperar cinco a dez minutos para o gato se habituar ao meio envolvente e que os profissionais que vão medir a pressão arterial estejam presentes durante esse período de tempo.

Por fim, Cátia Marques, investigadora da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa, garantiu relativamente aos antibióticos que “os mecanismos de resistência têm impacto terapêutico” sendo necessário, para combater o problema, “uma abordagem global”.

Nota: Leia a reportagem e as entrevistas aos oradores na edição de novembro da Veterinária Atual

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