Maria do Céu Machado alertou que os grupos que se encontram em situações de exclusão ou pobreza apenas se deslocam aos serviços quando a doença já está em fase avançada.
Por conseguinte, segundo o “Jornal de Notícias”, a responsável salientou que «não basta abrir as portas dos centros de saúde e hospitais às populações mais excluídas». Deve-se, também, apostar em medidas de prevenção e promoção, como as unidades móveis, que se deslocam junto das populações.
Esta foi uma das soluções reivindicadas pela Alta Comissária portuguesa no encontro europeia que se centrou nos sistemas de saúde, financiamento, equidade de cuidados e na «voz e possibilidade de escolha dos cidadãos».
No âmbito da reunião, Portugal subscreveu a Carta Europeia dos Sistemas de Saúde que, de acordo com Maria do Céu Machado, esteve em fase de debate durante 12 anos e pretende servir de «base ao fortalecimento» e à avaliação desses sistemas.
«Saúde, Sistemas e Riquezas» foi o tema da conferência que juntou, nos dias 26 e 27 de Junho, mais de duzentos representantes de 53 estados-membros europeus.
Populações mais carenciadas sem acesso fácil à saúde
Apesar dos direitos legalmente consagrados, as populações mais carenciadas não têm acesso aos cuidados de saúde necessários. Durante a Conferência Ministerial Europeia da Organização Mundial de Saúde (OMS), que decorreu na Estónia, a Alta Comissária da Saúde portuguesa sublinhou a urgência de levar os cuidados médicos às pessoas.