A Ordem dos Médicos Veterinários (OMV) e o PAN (partido Pessoas-Animais-Natureza) estiveram recentemente reunidos para debater a necessidade de criação de um hospital público veterinário, uma das medidas propostas pelo partido para estas eleições autárquicas para o município de Lisboa.
De acordo com o PAN, a criação de um hospital público veterinário poderia dar resposta às necessidades de apoio médico-veterinário aos animais errantes e das famílias em situação de vulnerabilidade social que não consigam prestar os devidos cuidados aos seus animais de companhia.
Esta proposta está a ser encabeçada por Inês Sousa Real, candidata do PAN à Câmara Municipal de Lisboa e antiga Provedora Municipal dos Animais de Lisboa que em abril deste ano renunciou ao cargo por falta de condições e “recursos básicos” para desempenhar o cargo.
No site o PAN pode ler-se que “para que este projeto se viabilize, é necessário reunir a verba necessária para a criação e manutenção do Hospital, bem como é importante garantir que este sirva exclusivamente animais errantes ou de famílias carenciadas.”
No âmbito do encontro do partido com a OMV esteve também em discussão o cheque-veterinário, uma iniciativa criada pela ordem dos veterinários e cujo objetivo é prestar cuidados de medicina veterinária a animais identificados por uma rede de centros de atendimento com protocolo com esta iniciativa.
“O apoio da OMV é fundamental não só para por em prática algumas das nossas medidas programáticas relativas à proteção e saúde animal, mas também no bem-estar dos animais em todo o país. Não nos esqueçamos da pronta e louvável atuação dos médicos-veterinários e da sua Ordem por altura dos incêndios, que de imediato se mobilizaram para ajudar os animais em perigo e para pedir a ajuda necessária ao Ministério. Tem sido reportado que existe um número muito elevado de animais que têm sido acolhidos pelos Centros de Recuperação de Animais Selvagens e pelas Clínicas Médico-Veterinárias das áreas afetadas pelos incêndios, pelo que não posso deixar de sublinhar a necessidade de se incluir os animais nos Planos Municipais e Nacionais de Proteção Civil”, defende Inês Sousa Real.