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O hospital cat friendly

O hospital cat friendly

Foi inaugurado no início de junho e assume-se como um hospital cat friendly. Fruto da amizade de dois médicos veterinários e depois de 19 anos frente à Clínica VetOeiras, colocaram um desafio a si próprios em prol dos animais e dos seus proprietários. A VETERINÁRIA ATUAL foi conhecer as novas instalações, os cuidados de qualidade e a motivação de uma equipa que 24 horas por dia, 365 dias por ano trata da saúde e bem-estar de pequenos animais.

A VetOeiras foi criada em 1993 por Luís Chambel e Rui Ferreira Almeida. Os dois amigos de longa data, enveredaram pela Medicina Veterinária, reuniram ideias e mantêm-se juntos até hoje a acompanhar o crescimento sustentável da empresa. “Há uma complementaridade entre nós. Optámos por esta forma de estar na Medicina Veterinária porque tínhamos uma visão muito parecida da profissão. Na altura não havia muita oferta em termos de pequenos animais”, refere Rui Ferreira Almeida, um dos sócios gerentes.

A VetOeiras nasceu “de uma iniciativa local de emprego em que se começou a disponibilizar urgências.” Na fase inicial trabalhavam apenas os dois, chegando a receber proprietários de animais vindos da Guarda, Coimbra e outras zonas do país devido à pouca oferta de urgências nessa época. “Muitas vezes, dormíamos na clínica até porque ainda não existia telemóvel e recordamos estes tempos com grande carinho”, refere Luís Chambel. A ideia de ambos sempre foi “a de dar um passo em frente”. Acabaram por abrir uma outra clínica em Cascais, mas rapidamente chegaram à conclusão que não se poderiam dividir. “Não nos conseguíamos revezar e não valia a pena o investimento financeiro se não atingíssemos a relação que se pretende com o cliente e esse é o nosso maior desafio”, explica Rui Ferreira Almeida. Hoje, ambos revelam uma “maior serenidade, maior experiência e valorização de outros aspetos, como por exemplo a equipa de trabalho”. Rui Ferreira Almeida salienta que “só assim se consegue criar um melhor ambiente de trabalho e ser mais efetivo nos contactos com o cliente”.

 

 

De clínica para Hospital

 

No início de junho, a VetOeiras avançou para Hospital Veterinário. Situado também em Oeiras, a experiência tem sido muito positiva. “Procurámos durante algum tempo, entre dois a três anos, e finalmente passámos de clínica a hospital veterinário. Estamos numa zona nobre em termos de imobiliário, mas arranjar um espaço com estas dimensões por um valor relativamente acessível não foi fácil”, revela Luís Chambel. Os sócios-gerentes entenderam que um hospital com qualidade teria de cumprir certos requisitos e condições. “Houve uma oportunidade de negócio e adquirimos este espaço, pela área que tem, pela localização agradável e porque estávamos seguros que conseguiríamos criar uma dinâmica funcional no hospital”, salienta Rui Ferreira Almeida. Apesar de a inauguração colidir com a época de crise consideram-na uma verdadeira oportunidade confessando-se motivados com a mudança. “Um aspeto muito importante que caracteriza este novo hospital é o facto de recebermos as pessoas como se as estivéssemos a receber em nossa casa, até para conferir uma diferenciação na profissão”, revela Rui Ferreira Almeida.

O objetivo foi o de criar um hospital virado para o cliente, com uma decoração natural, ampla e com cores diferentes do habitual, cat friendly com a preocupação em ter uma sala de espera, bem como um consultório e duas áreas de internamento exclusivas para gatos e onde a equipa se sentisse feliz. “Procurámos ainda ter um cantinho mais resguardado para receber as pessoas e para falar com alguns proprietários de animais se tivermos de dar notícias menos agradáveis”, acrescenta o médico veterinário. É fundamental ter instalações agradáveis para a própria equipa que se encontra com outra motivação. “Uma das preocupações constantes é o bem-estar da nossa equipa e do cliente. Julgo que não se pode apostar numa clínica ou num hospital veterinário se não respeitar três fatores fundamentais: um animal bem tratado; um cliente satisfeito e uma equipa motivada. Se não se conseguir atingir estes três patamares, o nosso trabalho fica sempre incompleto”, salienta Rui Ferreira Almeida.

 

Quatro consultórios, dois blocos operatórios com uma esterilidade “bastante boa”, um laboratório, uma sala de tratamentos autónoma distinguem este novo hospital da clínica anterior. “Comprámos um aparelho de Raio-X mais potente, temos internamento para cães, gatos, animais exóticos e contamos ainda com um local para recobro e cuidados intensivos que permite a oxigenação e ventilação assistida dos animais”, adianta Luís Chambel. O Hospital Veterinário Central da Linha de Cascais proporciona duas áreas de internamento para gatos: uma mais convencional e outra com um ambiente enriquecido onde o animal precisa de passar mais tempo. “É como se estivesse em casa. Um animal com diabetes ou com insuficiência renal crónica precisa de um internamento prolongado e até da presença do proprietário para aprender algumas das terapêuticas de forma a continuá-las em casa. Quando conseguimos integrar o proprietário nos tratamentos sentimos que criámos uma relação única. As pessoas estão recetivas para participar na recuperação do seu animal”, refere Rui Ferreira Almeida.

 

 

Instituto de Fisioterapia em breve

Os clientes transmitiram a mensagem através da página do Facebook. “Sentem-se verdadeiramente em casa e acompanharam a mudança com muito entusiasmo. Felizmente, as pessoas estão cada vez mais informadas e são também mais exigentes”, assinala Rui Ferreira Almeida. Para esse grau de satisfação contribui uma equipa composta por sete médicos veterinários, duas enfermeiras e duas auxiliares veterinárias. “As nossas enfermeiras são dotadas de alguma diferenciação técnica e uma das auxiliares trabalha connosco há quinze anos”, salienta Luís Chambel.

Além do grande passo que representou a abertura do novo hospital, a VetOeiras vai inaugurar em breve o Instituto de Fisioterapia e de Reabilitação Animal (IFRA) que irá funcionar nas instalações da anterior clínica. Este Instituto vai permitir dar resposta a outros colegas. Por outro lado, no hospital pode ser prescrita fisioterapia, que será realizada no IFRA, localizado muito perto, havendo uma complementaridade fundamental. “Temos vários casos de animais que já recorreram à fisioterapia e cuja recuperação é fantástica. É muito engraçado verificar a tríade do relacionamento criado entre o animal, o proprietário e o médico veterinário, durante as sessões de fisioterapia. Cria-se uma relação única e em última análise é que o animal que sai beneficiado”, diz-nos Rui Ferreira Almeida.

Além desta novidade, a VetOeiras tem procurado uma parceria importante entre os médicos veterinários e associações de animais. “Fomos muito seletivos e escolhemos duas associações, uma de gatos e outra de cães: A associação Pé ante Pata que promove a adoção responsável de animais, realizando muitas atividades, incluindo Dog Treeking e o Grupo Voluntário de Cascais, que conhecemos há muitos anos e que tem um gatil fabuloso”, revela Rui Ferreira Almeida. Os médicos veterinários da VetOeiras comprometem-se a fazer duas a três esterilizações mensais pro bono e participar ativamente na adoção desses animais, quer através das fichas de clientes, quer através do Facebook. “Com estas associações julgo que conseguimos ter uma noção diferente da relação entre as pessoas e os animais domésticos. Com o passar dos anos há da nossa parte uma maturidade diferente para conseguirmos estabelecer uma relação mais efetiva em prol dos animais com associações que têm uma atitude mais positiva e amadurecida relativamente aos médicos veterinários”, acrescenta Rui Ferreira Almeida.

A capacidade de resposta da VetOeiras é hoje muito maior. “Mais consultórios, maior capacidade de internamento, um laboratório mais completo, uma Médica Veterinária Diplomada em Oftalmologia, cuidados intensivos 24 horas, serviço completo de dermatologia, endoscopia artroscopia, ortopedia, neurocirurgia, e medicina e cirurgia de animais exóticos (com internamento próprio)”, adiantam os responsáveis. Ainda assim existem casos que têm de ser reencaminhados para colegas, como animais que necessitam de realizar um TAC e que são “enviados” para o Hospital Veterinário do Restelo e para a Faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa”. Rui Almeida Ferreira critica o facto de as pessoas terem de pagar 23% de IVA na fatura final dos cuidados prestados aos animais. “É um peso brutal, uma diferença gritante e muitas pessoas querem fazer tudo pelo animal, mas não conseguem devido ao preço a pagar”, lamenta. Luís Chambel acrescenta que “muitas vezes, os clientes são ultrapassados pelos acontecimentos e mesmo com muito boa vontade em tratar do seu animal não têm poder económico para o fazer. É nestas ocasiões que tentamos facilitar o pagamento e apoiar os proprietários nas suas decisões finais.” Obter consentimentos informados por parte dos donos através de uma explicação integral dos procedimentos e dos seus benefícios e possíveis complicações bem como fornecer uma estimativa dos custos fazem parte dos protocolos essenciais do hospital.

De futuro, além da consolidação do novo hospital, ambos os médicos veterinários pretendem “contratar mais colegas oferecendo diferentes condições de trabalho pois as oportunidades de trabalho são poucas, a qualidade ressente-se e a competição começa a ser penosa para a Medicina Veterinária”, concluem.

 

Novos contactos

Estrada de Oeiras, n.º 18 – 20

2780-114 Oeiras

Tel.: 214 415 438

Site. www.vetoeiras.pt

 

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