O veterinário Rodolfo Neves, da ONLeish (Observatório Nacional das Leishmanioses) que “de um universo de 1,5 milhões de cães no país, meio milhão não tem acompanhamento médico”, acrescentando ainda que “há tendência para o aumento da doença, que está a começar a aparecer mais nas cidades”.
No primeiro estudo feito em Portugal, em 2009, foram referenciados cerca de 110 mil cães com leishmaniose. “Não há razões para alarme, mas para se estar atento”, sublinhou Rodolfo Neves.
Este ano ficou disponível uma vacina que, para o médico veterinário, não dispensa avisos: “A vacinação é só um complemento. Há que manter cuidados com o animal, como evitar que esteja na rua à noite”, citado pelo mesmo jornal.
E se os estudos forem insuficientes?
Os dados atuais acerca da relação entre os fatores climáticos e ambientais e a distribuição de leishmaniose na Europa Ocidental são incompletos e é necessário melhorá-los rapidamente, revelou um estudo da Faculdade de Doenças Infecciosas e Tropicais do Reino Unido.
Cientistas ingleses elaboraram um mapa de risco de leishmaniose visceral na Europa e foi identificada a presença da doença em Portugal, Espanha, França e Itália. A equipa de investigação britânica considera, que os modelos existentes atualmente, não medem de forma eficaz a prevalência de leishmaniose canina a nível regional, pelo que recomenda que se levem a cabo novas pesquisas epidemiológicas estandardizadas que forneçam informação suficiente para elaborar um bom mapa de risco de leishmaniose nesta área da Europa.