Estas declarações surgem no seguimento da divulgação do relatório do Observatório Português dos Sistemas de Saúde, que criticou o facto de não se ter verificado «um trabalho consistente de abertura de USF» em 2007 e lamentou que apenas 13% da população sinta os efeitos desta reforma. Das 65 USF que abriram em 2007, 25 (41%) abriram em Dezembro.
Neste contexto, Luís Pisco adiantou ontem, à “Lusa”, que «só se questiona [no relatório do Observatório], e a crítica é velha, é a velocidade da reforma. E eu concordo. Estamos a procurar dar melhor saúde aos portugueses e quanto mais depressa melhor», avançou.
Porém, Pisco reconhece que foram estabelecidas «metas muito ambiciosas», aquando da apresentação das linhas de orientação para a reforma dos cuidados de saúde primários em 2005.
O coordenador da Missão fundamenta a demora com factores como a criação de legislação, movimentação de médicos, informatização e obras em todas as USF.
«Fizemos dois decretos-lei e uma série de despachos em que se alterou a forma de pagamento numa área da administração pública, que se sabe é um processo moroso», contou.
Luís Pisco frisou ainda que «não há uma única USF que não esteja totalmente informatizada» e que foram feitas obras de qualificação em todas as instalações das USF.