Assim sendo, a nova tecnologia permitirá ainda reduzir os gases com efeito de estufa, só nos Estados Unidos, equivalentes a 400 mil veículos motorizados em andamento, cita o “Diário de Notícias”.
A produção de leite em grande escala requer a utilização de grandes áreas de pasto e uma aplicação intensiva de energia na produção da alimentação do gado bovino, explicaram os autores do estudo da Universidade de Cornell, em Nova Iorque.
Contudo, o recurso a injecções da hormona de crescimento bovina somatotropina reconstituída permite reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) e metano, dado que reduz a necessidade de adubos e fertilizantes aplicados às pastagens.
De acordo com o estudo, a introdução no sistema sanguíneo das vacas de uma dose diária da hormona de crescimento faz com que 157 mil animais produzam o mesmo leite que um milhão sem a mesma hormona.
Esta diferença permitiria economizar 491 mil toneladas de milho e 158 mil toneladas de soja, num total de 2,3 milhões de toneladas de alimento global.
Cada milhão de gado bovino injectado com a STH – a hormona de crescimento – poderia travar a emissão de 824 mil toneladas de CO2, 41 mil de metano e, ainda, 96 toneladas de monóxido de carbono.
Na realidade, a criação de gado bovino no mundo produz mais gases com efeito de estufa do que a circulação rodoviária, segundo um relatório de 2006 da Organização Mundial para a Agricultura e Alimentação (FAO).
Tratamento de vacas com hormona de crescimento reduz emissões de gases com efeito de estufa
A aplicação no gado bovino de um suplemento de hormona de crescimento reconstituída artificialmente permite aumentar em 84% a produção de leite utilizando menos recursos naturais e emitindo menos gases com efeito de estufa, conclui um estudo de investigadores norte-americanos publicado ontem na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences”.