A chegada do bom tempo traz consigo o aumento de passeios ao ar livre com os animais de companhia, mas também o risco de contacto com a lagarta processionária, mais conhecida como lagarta do pinheiro. A AniCura alerta assim para os perigos deste inseto, que é endémico em Portugal e pode causar danos à saúde dos animais.
No seu comunicado de imprensa, a AniCura destaca os perigos da lagarta do pinheiro, reforçando que os principais danos se devem aos seus pelos (tricomas) que, ao serem soltos pelo vento, podem entrar em contacto com os animais, injetando substâncias tóxicas que provocam graves complicações. Os cães e os gatos são atraídos pelas cores vibrantes e pela forma curiosa de se mover da lagarta, o que os leva a cheirá-las ou até a ingeri-las, com consequências severas.
Riscos para a saúde dos animais:
- Irritações na pele, olhos e nariz
- Lagrimejo excessivo e sensibilidade à luz
- Necrose da língua e danos oculares graves, como a perda de visão
- Choque anafilático, que pode levar à morte
Sofia Alves, diretora clínica do AniCura Vasco da Gama Hospital Veterinário, destaca a importância de uma intervenção rápida: “Uma ação imediata é crucial. No caso de contacto com as lagartas, a irrigação contínua da córnea com soro é fundamental para tentar remover os tricomas e minimizar os danos. Nunca devemos esfregar as zonas afetadas.”
Dicas para proteger os animais:
A AniCura fornece orientações para os cuidadores de animais, a fim de minimizar os riscos durante esta época do ano:
- Evitar áreas com pinheiros ou zonas de concentração das lagartas, especialmente entre os meses de janeiro e junho.
- Usar trela curta durante os passeios para manter o controlo do animal e evitar o contacto com o inseto.
- Não deixar o animal cheirar ou tocar nas lagartas ou nos seus pelos, que podem ser transportados pelo vento.
- Remover a lagarta com precaução, utilizando papel ou luvas, para evitar o contacto direto com a toxina.
Além dos danos causados aos animais, a lagarta do pinheiro também representa perigo para os seres humanos, “pelo que nunca se deve ter contacto direto com estes insetos, nem mesmo para os remover do corpo dos animais”, reforça a AniCura.