Com a presença de 100 participantes, o IV Congresso SPCAV foi precedido por um workshop prático com a participação de 30 profissionais e que foi “um sucesso”, segundo Luís Lobo, na sua última entrevista enquanto presidente da SPCAV. “Este ano, pela primeira vez, resolvemos incluir uma parte prática através de um workshop que permitiu introduzir aquilo que foi falado no fim-de-semana do congresso, especialmente para os colegas com menos experiência relativamente à eletrocardiografia”, explicou à VETERINÁRIA ATUAL.
O Congresso anual contou com a colaboração de alguns oradores portugueses a trabalhar no estrangeiro e com o diploma de especialistas, além de Amara Estrada que teve a seu cargo sete palestras. “Foi uma oportunidade única de ouvir esta oradora mundialmente conceituada na área da cardiologia e especificamente em eletrocardiografia”.
O interesse pela cardiologia veterinária “tem vindo a aumentar” muito devido ao trabalho desenvolvido pela sociedade científica no sentido de “incrementar os conhecimentos sobre cardiologia”. Quem gosta desta especialidade deve juntar-se à SPCAV. “Este Congresso está aberto a todos e não apenas a especialistas em cardiologia. Todos os profissionais podem aprender e evoluir na cardiologia veterinária em Portugal connosco”, avançou Luís Lobo.
No primeiro dia do Congresso, após as apresentações da manhã, foi entregue o Prémio SPCAV / Vetmedin à melhor tese de mestrado na área de cardiologia veterinária. “Todos os anos temos tido uma grande participação e trabalhos de muita qualidade. Foi muito difícil escolher um vencedor”, explicou Luís Lobo. Todos os concorrentes ao Prémio tiveram entrada no Congresso e a vencedora deste ano – Mafalda Correia de Sá – recebeu um valor pecuniário associado, tendo ainda a oportunidade de apresentar o seu trabalho no evento subordinado ao tema “Concentração plasmática de adenosina em cães: potencial aplicabilidade no diagnóstico de insuficiência cardíaca”.
Rui Máximo assume Direção da SPCAV
O Congresso ficou ainda marcado pelas eleições dos novos órgãos sociais, tendo sido nomeado como presidente Rui Máximo, médico veterinário no Hospital Veterinário do Atlântico e responsável pelo serviço de ecocardiografia ambulatória na CardioVet. “O novo presidente assume funções após o Congresso e certamente que a SPCAV vai ficar em muitos boas mãos. É preciso renovar e haver sangue novo, com ideias novas”, explicou Luís Lobo.
Os novos órgãos sociais são constituídos por nove pessoas, uma delas com ligação à anterior Direção. “Temos alguns projetos que incluem a continuação da realização deste Congresso anual, bem como outras pequenas formações adicionais em algumas áreas mais específicas que consideramos fazerem todo o sentido que surjam com mais força ao longo do ano”, explicou à VETERINÁRIA ATUAL Rui Máximo. O tema e os oradores do Congresso do próximo ano ainda não foram escolhidos. “Temos tido a sorte de contar sempre com bons oradores principais e com uma rede de médicos veterinários portugueses que têm um conhecimento vastíssimo e que nos dão sempre um enorme apoio”, explicou o novo presidente.
Apesar de muito jovem, a SPCAV tem conseguido “com poucos recursos realizar, pelo menos, um evento anual com algum destaque. Qualquer pessoa que esteja interessada na área de cardiologia veterinária deve entrar em contacto connosco para conhecer o tipo de atividades que realizamos. Estamos sempre disponíveis para esclarecer alguma dúvida e fornecer alguma informação que necessitem”, concluiu Rui Máximo.