Um grupo de investigadores da Universidade de Nottingham está a desenvolver uma técnica para produzir uma teia de seda de aranha com propriedades antibióticas. De acordo com o portal VN Online, o objetivo da técnica descrita como Materiais Avançados, passa por criar novos métodos para a cura de feridas e administração de fármacos.
No estudo, a equipa do Centre of Biomolecular Sciences descobriu uma forma de ligar moléculas como antibióticos a uma seda de aranha artificial sintetizada pela bactéria E.coli. As moléculas escolhidas podem ser adaptadas à proteína de seda solúvel antes de serem transformadas em fibras, ou após a formação das fibras. Isto permite que o processo possa ser melhorado e que mais do que um tipo de moléculas possa ser usado nos fios de seda.
De acordo com a equipa de investigadores, quando as fibras da seda são ‘ornamentadas’ com as levofloxacinas dos antibióticos, a ação dos antibióticos é libertada de forma lenta, retendo a atividade antibacteriana por cerca de cinco dias.
“A nossa técnica permite uma geração muito rápida de estruturas de seda biocompatíveis com uma enorme variedade de aplicações. Pode ser particularmente útil nos campos da engenharia de tecidos e na biomedicina”, refere o responsável pela coordenação da investigação, Neil Thomas.
Já se sabia que a seda de aranha é um material forte e biodegradável. Contudo, o estudo agora tornado público demonstra que se trata de um material que não causa reações alérgicas e inflamatórias, o que faz deste um material com enorme potencial para o tratamento de feridas, nomeadamente nas úlceras dos diabéticos.
Conheça a investigação com maior detalhe aqui.