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Médicos Veterinários

Há mais de 309 mil médicos veterinários na Europa, segundo a FVE

Há mais de 309 mil médicos veterinários na Europa, segundo a FVE

Atualmente, existem 309 144 médicos veterinários em toda a Europa, de acordo com o mais recente VetSurvey 2018, da Federation of Veterinarians of Europe (FVE). No documento, a organização traça um retrato da profissão no continente europeu e indica que os veterinários portugueses foram dos mais participativos no inquérito, com um total de 1618 profissionais nacionais a responderem às questões.

Os principais resultados do estudo, agora divulgados, mostram que a profissão médico-veterinária na Europa é relativamente jovem e dominada por mulheres, com 46% dos profissionais com menos de 40 anos e 58% de mulheres veterinárias.

 

O estudo mostra também que 81% dos médicos veterinários trabalha a tempo inteiro e que a área de atividade mais comum é a prática clínica de animais de companhia (58%), seguida do setor público (14%), educação e investigação (11%) e indústria (4%). Há ainda cerca de 12% de médicos veterinários na Europa que exercem atividade noutras áreas.

Para o presidente da FVE, Rens van Dobbenburgh, “os serviços médico-veterinários são essenciais para todo e qualquer cidadão europeu, não apenas para cuidar da saúde e bem-estar dos mais de 290 milhões de animais de companhia e 768 milhões de animais de produção na Europa, mas também para proteger as pessoas contra doenças relacionadas com os animais, como a salmonelose”.

 

Setor é dominado por pequenas clínicas

Os dados da FVE mostram ainda que, em 2018, o setor veterinário era, sobretudo, dominado por pequenos CAMV (70%) com menos de cinco colaboradores, contudo, menciona uma tendência crescente para a criação de grandes grupos de medicina veterinária através de aquisições e fusões.

 

Assim, de acordo com o estudo, “os médicos veterinários que trabalham sozinhos serão uma minoria em 2030”, observando-se ainda uma pequena diminuição na tendência para detenção de clínica própria, com a grande maioria dos inquiridos a referir que trabalha para terceiros.

Veterinários ‘consultores’ e de higiene alimentar são os mais bem pagos

 

Além disso, ficamos a saber que os médicos veterinários que ganham mais são os que trabalham em consultoria e em higiene alimentar, revela ainda a FVE. Os menos bem pagos são os que se dedicam a prática clínica privada.

Importa ainda referir que, em comparação com o último estudo, realizado em 2015, a diferença salarial entre homens e mulheres na profissão é menor (12% em 2018 versus 28% em 2015).

Níveis de stresse na profissão são elevados

Pela primeira vez no VetSurvey 2018, foram incluídas questões sobre bem-estar e saúde mental, com os médicos veterinários a revelarem que os seus níveis de stresse são elevados. A maioria classifica-os no nível 7, numa escala de 1 a 10.

Vinte e seis por cento dos médicos veterinários reportam ter estado duas ou mais semanas de baixa devido a depressão, burnout, exaustão ou fadiga de compaixão nos últimos três anos. Além disso, segundo o estudo, os profissionais do setor acreditam que as questões relacionadas com o bem-estar dos animais vão tornar-se cada vez mais importantes por pressão da sociedade e serão um importante fator de sustentabilidade das clínicas e da profissão. De resto, o estudo mostra uma tendência clara para a especialização dos profissionais como forma de garantir o futuro e sustentabilidade financeira dos CAMV.

Conheça o estudo em detalhe aqui.

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