A Sociedade Europeia de Etologia Clínica Veterinária (ESVCE) publicou esta semana uma declaração da sua posição relativamente ao uso de coleiras de choque, estranguladoras e outros materiais utilizados para o treino de cães.
Na nota publicada, a organização debruça-se sobre os argumentos frequentemente usados para justificar a utilização deste tipo de metodologias de treino, assim como sobre os prós e contras, tendo em conta uma análise da literatura científica disponível sobre o tema.
A ESVCE diz também que os seus membros “são contra a utilização de coleiras de choque no treino de cães” e pede a todos os países europeus que tomem uma posição em relação a este tema, uma vez que se trata de uma questão de bem-estar dos animais. Para além disso, de acordo com a organização, “não existe evidências científicas fortes o suficiente que justifiquem a utilização de coleiras de choque em cães. Pelo contrário, existem muitas razões para nunca as utilizar e existem melhores opções de treino”.
A Sociedade Europeia de Etologia Clínica Veterinária sugere ainda que a venda, a utilização e a promoção de coleiras de choque seja banida através de legislação europeia aplicável a todos os Estados-Membros da União Europeia.
Em alguns países da União Europeia, a proibição deste tipo de técnicas de treino já começou. Em janeiro deste ano, foi a vez dos madrilenos, depois da publicação de uma normativa que pune com multas a utilização de coleiras de choques, de picos ou estranguladoras.
Conheça a posição completa da ESVCE aqui.