Foi detetada nos Estados Unidos da América uma ‘superbactéria’ resistente aos antibióticos de último recurso, uma estirpe da ‘Escherichia coli’ que já havia sido detetada na China em novembro do ano passado.
“Basicamente mostra-nos que o final do caminho para os antibióticos não está muito longe, que teremos uma situação em que teremos pessoas em unidades de emergência ou com infeções urinárias para as quais não teremos medicamentos”, revelou Tom Frieden, um dos responsáveis pela deteção da bactéria e diretor do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos EUA, ao jornal Washington Post.
A bactéria resistente aos antibióticos foi detetada na urina de uma mulher norte-americana e, segundo as autoridades de saúde dos EUA, possui um gene móvel, o ‘gen mcr-1’, com resistência à colistina, o antibiótico utilizado como último recurso nos casos das bactérias mais resistentes.
De acordo com os investigadores, “como as bactérias podem propagar genes entre elas, cria-se uma situação em que se pode vir a ter bactérias resistentes a todos os antibióticos conhecidos. E isso é uma perspetiva aterradora.”