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Dermatologia Veterinária

Cientistas descobrem que dermatite atópica canina é semelhante à dos humanos

Um investigador da Universidade de Waikato, na Nova Zelândia, recebeu uma bolsa no valor de 30 mil libras para levar a cabo um ensaio clínico cujo objetivo é perceber se os cães podem ou não ser uma ‘arma’ eficaz na deteção precoce do cancro do pulmão.

A dermatite atópica é uma doença inflamatória dermatológica que afeta tanto humanos como animais, mas ainda pouco compreendida. Um estudo recentemente publicado por um grupo de investigadores da Perelman School of Medicine da Universidade da Pennsylvania e da Penn School of Veterinary Medicine, nos Estados Unidos da América, revela que podem existir mais semelhanças entre as características da doença em humanos e em cães do que se pensava.

Publicada na revista científica Journal of Investigative Dermatology, a investigação revela que a dermatite atópica canina partilha “características importantes” com a versão da doença em humanos, mas os fatores que estão no seu despoletar têm sido até agora pouco estudados. Um estudo recentemente publicado revelava que a Corynebacterium spp., bactéria conhecida por despoletar faringite, endocardite e infeções da próstata, do trato gastrointestinal e da pele, pode ter mais influência na dermatite canina do que se pensava até aqui, mas além destas, poucas pistas têm sido dadas acerca da origem da doença.

Na investigação agora publicada, especialistas em dermatologia veterinária, microbiologistas, patologistas e cientistas de outras áreas analisou as populações de bactérias, ou microbiomas, da pele de vários cães, assim como as propriedades chave da função de ‘barreira’ da pele durante a ocorrência de dermatite atópica e depois de um tratamento standard com antibióticos.

Os resultados revelaram uma acentuada diminuição na diversidade das populações de bactérias da pele à medida que algumas espécies de bactérias iam proliferando, assim como uma diminuição na barreira protetora da pele. Além disso, com os antibióticos, ambas as medições voltaram aos valores normais.

Como referem os responsáveis pelo estudo, “tanto na dermatite atópica canina, como na humana prevemos que existe uma relação semelhante entre a barreira protetora da pele, o sistema imunitário e os microbiomas, mesmo se as espécies de microbiomas individuais não forem idênticas”.

Os investigadores esperam agora que esta descoberta permita ajudar a desenvolver uma forma de tratar a patologia através da alteração do microbioma da pele e sem recurso a antibióticos, >fármacos que nos últimos anos têm sido alvo de grandes discussões no seio da comunidade científica.

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