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Emergências médicas marcam VI Congresso do Hospital Veterinário Montenegro

Emergências médicas marcam VI Congresso do Hospital Veterinário Montenegro

O Europarque, em Santa Maria da Feira, vai servir novamente de palco para mais um congresso do Hospital Veterinário Montenegro, nos dias 23 e 24 de Janeiro. A próxima edição terá como mote as Emergências Veterinárias e conta com algumas novidades, nomeadamente a tradução em simultâneo para o castelhano e uma sala dedicada a apresentações livres.

O sucesso das últimas edições do Congresso do Hospital Veterinário Montenegro colocou a organização em “apuros”. Nos dias 23 e 24 de Janeiro decorre a sexta edição, dedicada ao tema “Emergências Veterinárias” e as expectativas são grandes. Luís Montenegro e Rui Pereira, da Comissão Organizadora, revelaram à Veterinária Actual o que podemos esperar desta edição.

«O congresso continua a ser um alvo de muito orgulho. Iniciamos este projecto com o objectivo de poder contribuir para que toda a classe, nomeadamente aquela que geograficamente nos era mais próxima, tivesse a oportunidade de ter um fim-de-semana em que pudesse actualizar os conceitos sobre uma temática de uma forma mais profunda», explicou Luís Montenegro.

 

 E como tinham alguns contactos, preciosos, com oradores de renome internacional, a ideia de realizar um congresso pareceu um processo natural. «E tentámos fazê-lo de uma forma que se distanciava de tudo aquilo que se fazia no mercado até ao momento. Ou seja, a formação actualmente é uma situação encarada pelas empresas como um negócio e nós tentamos deslocalizarmo-nos dessa situação».

Assim e, através de patrocinadores, nomeadamente a indústria farmacêutica e pet food, a organização almeja suportar todas as despesas de forma a poderem convidar a classe a aderir à iniciativa de uma forma gratuita e sem qualquer interesse monetário. «Oferecemos a todas as clínicas de Portugal pelo menos um convite. Às que tiverem mais veterinários interessados propomos uma taxa de 75 euros. Mas o nosso maior objectivo é suportar as despesas, oferecendo cada vez mais uma panóplia de oradores com elevado valor científico e proporcionando também um dia de bem-estar e saudável convívio entre indústria, veterinários e oradores. Esse objectivo tem sido conseguido», garantiu o organizador.

 

Aliás, o director clínico do Hospital Montenegro garante que a chave do sucesso é precisamente essa: «conseguirmos criar um ambiente em que toda a gente se encontre bem e queira contribuir para que o projecto continue no mesmo modelo. Até porque, no final do congresso, temos encontrado os patrocinadores, congressistas e oradores satisfeitos».

Inicialmente o objectivo foi abordar temáticas que tivessem mais expressão na prática clínica, pelo que a organização explorou temas mais abrangentes, aqueles que mais situações clínicas exigem no dia-a-dia profissional «mas, é claro que à medida que o congresso vai evoluindo vamos avançando, apesar de acharmos que os temas podem ser repetidos, caso se justifique. Quanto mais não seja porque os conceitos vão sendo actualizados. E, felizmente, a medicina veterinária tem tido uma evolução fantástica e todos os anos há novas coisas para apresentar».

 

A crescente adesão ao congresso por parte da classe tem surpreendido pela positiva a organização. O grande salto dado o ano passado, segundo Luís Montenegro, foi conseguir atingir, definitivamente, o mercado espanhol. «Houve uma internacionalização do congresso. Já tínhamos tido a presença de vários profissionais dos mais diversos países da Europa mas, sem dúvida nenhuma, no ano passado essa presença foi sustentada em número, sendo que hoje os participantes espanhóis já representam 20% do congresso. Como portugueses, temos orgulho de ver a adesão do mercado vizinho, nomeadamente Norte da Galiza e Madrid. Isso obrigou-nos a um esforço suplementar de providenciar tradução em simultâneo para o castelhano». Aliás, para a edição do início do próximo ano, chegou a haver mais inscrições de espanhóis do que portugueses, já que a organização aproveitou a presença em feiras internacionais, nomeadamente a de Barcelona, para promover o evento de Santa Maria da Feira. «Outro meio de divulgação é a nossa lista de endereços electrónicos. Enviamos para todas as clínicas do país e já algumas espanholas, convites para que os profissionais nos visitem». Outro meio de divulgação acaba por ser as próprias faculdades com quem o Hospital tem relações privilegiadas, nomeadamente as instituições de Madrid, Lugo e Barcelona.

O ano passado foram cerca de 1050 os congressistas que afluíram a Santa Maria da Feira, um número similar ao que a organização espera para este ano. Da cerca de uma dezena de oradores, destaque para a professora Jennifer Devey, licenciada pela Faculdade Veterinária de Ontário e directora de diversos centros de emergência e cuidados intensivos no Canadá e Estados Unidos da América. Com mais de 50 publicações em artigos e capítulos de livros, Jennifer Devey realiza investigação e é membro de sete organizações veterinárias em todo o mundo.

 

Outra presença a destacar é Fábio Vigano, licenciado pela Faculdade de Milão com especialização em pequenos animais e, desde 2006, director de curso na mesma instituição. Nuno Paixão, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e da FMV/UTL é outros dos oradores a salientar nesta sexta edição.

As apresentações livres vão marcar, pela primeira vez, presença no Congresso do Hospital Veterinário Montenegro. O resumo dessas apresentações, obrigatórias para a evolução na carreira dos profissionais, é primeiro submetido a uma apreciação por um júri independente e altamente qualificado que valida, ou não, a sua qualidade. Para incentivar os profissionais a organização oferece um prémio de 750 euros à melhor exposição que terá ainda direito a ser apresentada no auditório principal.

E porque um evento desta envergadura requer uma programação antecipada, a Comissão Organizadora revelou à Veterinária Actual que para 2011 o tema a explorar será “Hematologia / Oncologia”.

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