Francisco George, diretor-geral da Saúde, referiu que “estes casos não foram adquiridos em Portugal”, tendo adiantado que as duas vítimas acabaram por morrer, uma delas em Portugal, segundo o Jornal de Notícias. “A raiva é uma doença infecciosa que, uma vez declarada, mata sempre”. Contudo, as pessoas “podem vacinar-se contra a raiva depois da agressão do animal”, adiantou o responsável. Esta é uma doença “que pode ser evitada, mesmo depois da pessoa ter sido mordida por um cão ou um gato, num país onde existe este problema. A vacina é eficaz se for administrada mesmo depois da exposição à mordedura”, explicou.
Segundo Francisco George, um dos casos resultou de uma mordedura de um cão, na Guiné-Bissau, e o outro foi provocado por lesões no seguimento de uma agressão de um gato, em Angola. Para a DGS, a ocorrência destes dois caos “evidencia a possibilidade de importação de casos no contexto da mobilidade de pessoas oriundas de países onde a enzoótia tem progredido nos últimos anos, nomeadamente nos de Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa”.
Assim, a DGS recomenda aos viajantes provenientes de áreas geográficas onde a raiva é enzoótica (cães, gatos, morcegos ou outros animais selvagens) para consultar um médico caso tenham sido expostos “a mordeduras, beliscaduras, arranhões e/ou abrasões de animais potencialmente infetados”.