No ano passado, Andrew Gray avistou um sapo na Floresta de Monteverde, na Costa Rica, que se julgava extinto há cerca de 20 anos, o Ithsmohyls rivularis.
Agora, segundo o “Diário de Notícias”, o investigador britânico, especialista em herpetologia, vai voltar à América Central para liderar uma equipa da Universidade de Manchester e do jardim zoológico de Chester.
«Encontrar esta espécie que se pensava estar extinta desde a mesma altura que o sapo-dourado foi incrível – é uma das espécies de sapos de árvores mais raras do mundo», explicou Andrew Gray, à “BBC Online”.
Encontrar um sapo dourado – anfíbio descoberto em 1966 que desapareceu antes da década de noventa – é assim o objectivo da missão.
O Duellmanohyla uranochroa, um sapo em vias de extinção, será outro exemplar procurado pelos cientistas.
Parte da equipa de investigadores irá também deslocar-se ao último local de procriação de Lithobates vibicarius, onde existe um programa de conservação apoiado pelo zoo de Chester.
O cientista Andrew Gray obteve, ainda, permissão das autoridades da Costa Rica para recolher algumas espécies e levá-las para o Museu de Manchester, que acolhe várias espécies protegidas.
Contudo, a missão não é fácil, pois as populações de anfíbios no país estão em declínio acentuado (situação que se repete por todo o mundo). Desde o final da década de 80 desapareceram cerca de 120 espécies e um terço das existentes está em risco de extinção.
Além disso, as espécies que os investigadores britânicos pretendem habitam no interior profundo da floresta, são minúsculas, medindo apenas alguns centímetros e apenas saem à noite.
Costa Rica: Cientistas britânicos procuram sapo que se pensava extinto há 20 anos
Uma equipa de investigação britânica vai viajar até às florestas da Costa Rica com o objectivo de encontrar alguns dos sapos mais raros do mundo.