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Cinco mil crianças falham plano de vacinação todos os anos

Cinco mil crianças falham plano de vacinação todos os anos

Cerca de cinco mil crianças falham, todos os anos, o plano de vacinação por questões religiosas, desleixo dos pais ou por opção, no caso em os progenitores não concordam com a administração de vacinas.

Contudo, para a maioria da população portuguesa, a vacinação das crianças é algo enraizado, em que 95% das crianças cumprem o estipulado no Programa Nacional de Vacinação, segundo a Direcção-Geral de Saúde.
De acordo com o “Diário de Notícias”, ficam de foram 5% dos 100 mil nascimentos anuais, perfazendo um pouco mais de cinco mil crianças.
Segundo o mesmo jornal, os números são estáveis há vários anos, mas há cada vez mais pais a questionar a verdadeira necessidade de algumas ou de todas as vacinas.
Alguns médicos referem que há atitudes radicais ou desinformadas; para outros, é uma escolha a que apenas alguns têm acesso, devido à falta de informação.
Em Portugal, apesar de não haver dados relativos aos motivos que levam os pais a não vacinar as crianças, a taxa de 95% é um indicador de sucesso na opinião dos profissionais de saúde.
A subdirectora-geral da Saúde, Graça Freitas, contou ao “DN” que «há casos em que essa percentagem sobe a 96% ou 97%», sendo que o número não tem variado nos últimos anos, «porque fazemos tudo para que não haja variação. E este valor dá-nos segurança. Se deixarmos de vacinar há doenças que podem reaparecer».
As vacinas têm como objectivo controlar o aparecimento de doenças e erradicá-las, com efeitos adversos reduzidos, porque «não há licenciamento senão forem seguras», assegura Graça Freitas.
É de referir que a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que três milhões de vidas sejam salvas por ano devido à vacinação.

Associações exigem melhor acesso à informação
Contudo, apesar dos responsáveis de Saúde encararem com optimismo a situação, começam a surgir grupos e associações europeus que visam garantir às pessoas um maior acesso à informação para que possam tomar uma decisão mais consciente.
Juan Manuel Marín, médico espanhol e membro da Liga para La Libertad de Vacunación, questiona alguns argumentos das autoridades de saúde.
«Diz-se que, se não fossem as vacinas, algumas doenças não desapareciam. Mas isso não é totalmente verdade. As condições higieno-sanitárias determinam essa redução», salientou o médico, citado pelo “DN”.
A Liga integra o European Forum for Vaccine Vigilance, que tem entregue dossiers sobre os efeitos adversos das vacinas bem como propostas a Estrasburgo.
De acordo com a mesma associação, os riscos inerentes à vacinação e os efeitos a longo prazo não são divulgados. Apesar de a vacinação não ser obrigatória em Portugal, excepto a do tétano e a difteria, há pessoas que dizem estar mal informadas sobre os contras.
O profissional de saúde garante existirem «alterações ao sistema imunológico, que passa a produzir menos anticorpos. E o facto de as crianças receberem muitas vacinas aumenta a incidência de alergias». Além disso, alerta para os efeitos tóxicos provocados por algumas substâncias das vacinas.

 
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