O censo da cegonha-branca realiza-se na Europa de dez em dez anos. Em Portugal é feito pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, em colaboração com outras entidades, nomeadamente a SPEA, que este ano vai desenvolver atividades de divulgação nas escolas.
Julieta Costa, coordenadora da SPEA para o projeto Linhas Elétricas e Avifauna, referiu que a população da cegonha-branca, ave migratória, está “em expansão” em Portugal, tendo o censo de 2004 registado exemplares na região do Minho, de onde tinham desaparecido em anos anteriores.
Em Portugal, a cegonha-branca é abundante nas regiões do Vale do Tejo e do Alentejo, sendo o seu aumento populacional justificado com a melhoria da sua alimentação, que em território nacional é composta por desperdícios alimentares que as aves encontram em aterros sanitários e por lagostim-da-louisiana, “uma espécie invasora que causou grandes prejuízos nos arrozais”, e gafanhotos, que destroem as culturas de cereais.