Um investigador da Universidade de Waikato, na Nova Zelândia, recebeu uma bolsa no valor de 30 mil libras para levar a cabo um ensaio clínico cujo objetivo é perceber se os cães podem ou não ser uma ‘arma’ eficaz na deteção precoce do cancro do pulmão.
O objetivo do estudo é perceber se colocar os animais a farejar amostras de saliva de humanos pode ajudar a detetar de forma precoce a doença oncológica. Para isso, os animais envolvidos no estudo irão usar açaimes que incorporam um dispositivo que analisa o tempo que despendem a farejar uma amostra. Demorar algum tempo a farejar uma amostra será considerado uma indicação positiva da presença da doença, sendo que os animais recebem uma recompensa com comida.
Tim Edwards, o investigador responsável pela coordenação do estudo, refere que “a doença [cancro do pulmão] tem uma elevada taxa de mortalidade, pelo que uma pequena diferença que seja pode ajudar a salvar vidas”.
O objetivo final da investigação, a longo prazo, passa pela criação de ‘narizes eletrónicos’ que permitam detetar a doença de forma automática assim que um paciente respira para dentro da máquina.
Esta não é a primeira vez que os cães são considerados uma peça chave no desenvolvimento de tecnologias e metodologias que permitam detetar doenças oncológicas de formas mais eficazes. Em 2015, um grupo de investigadores conseguiu demonstrar que estes animais podem ajudar a desenvolver novas formas de deteção do cancro da próstata de forma precoce.